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Zoológico Fábio Barreto – Santuário insiste em levar elefantas

JF PIMENTA/ESPECIAL PARA O TRIBUNA

A diretoria do Santuário dos Elefantes da Chapada dos Guimarães, no Estado do Mato Grosso, vai retomar as tratativas com a direção do Bosque e Zoológico Fábio Barreto de Ribeirão Preto para tentar viabilizar a doação das elefantas Maison e Bambi para aquela reserva ambien­tal. Segundo informou ao Tribuna o biólogo e diretor do Santuário, Daniel Moura, os contatos serão retomados na primeira quinzena de ja­neiro. “Ainda não fizemos isso em função das festas de final de ano”, afirmou. Neste primeiro momento a prio­ridade é conseguir a trans­ferência da elefanta Bambi. Ver perfil dos dois animais neta página.

Os contatos com a dire­ção do zoológico municipal tiveram início em 2014, du­rante a gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido) e, posteriormente, no ano pas­sado, já na administração de Duarte Nogueira (PSDB). Nessas tratativas o Santuário solicitou a doação e apresen­tou para o município e para o Ministério Público do Meio Ambiente, dados sobre o san­tuário e informações de que as elefantas teriam melhores condições de vida naquela local, visto se tratar de uma reserva especialmente criada para abrigar essa espécie.

Após esta apresentação o Ministério Público solicitou à Prefeitura, informação sobre os dois animais. A Prefeitura, por sua vez, fez uma consulta formal sobre a possibilidade de doação para a Secretaria Esta­dual do Meio Ambiente. Vale destacar que a decisão técnica sobre a viabilidade de doação cabe aquela secretaria estadual, após analisar se o recinto em que Maison e Bambi ocupam no Bosque Municipal e se o Santuário estão adequados as exigências técnicas e a legis­lação que trata do assunto. Já na esfera política quem de­cide ou não pela doação é o prefeito, com quem o Santuá­rio ainda não conversou. “Es­tamos analisando primeiro as etapas técnicas”, afirma o bi­ólogo Daniel Moura. A Pre­feitura informou que não tem decisão sobre a doação, mas confirmou que fez o pedido de parecer para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

Caso Ribeirão Preto opte por doar os dois animais, os trâmites administrativos e jurí­dicos devem demorar cerca de quatro meses, a partir da de­cisão. Para a transferência ser efetivada a secretaria estadual do Meio ambiente do Mato Grosso, estado onde cesta lo­calizado o Santuário, também precisará dar perecer favorável.

Organização da sociedade civil sem fins lucrativos, o San­tuário dos Elefantes foi criado em 2014. Localizado no muni­cípio da Chapada dos Guima­rães, no Estado do Mato Gros­so, o santuário possui 1.100 hectares e abriga dois elefantes: Maia e Guida, doadas por par­ticulares. Atualmente a direto­ria está viabilizando a trans­ferência do terceiro animal, Rana que desde 2012 vive no zoológico de um hotel fazenda próximo a Aracaju (SE).

Quem são Maison e Bambi
A elefanta Maison chegou à Ribeirão Preto em 17 de outubro de 2011, doada para o município pelo proprietário do circo Biriba, Carlos Antônio Spíndola, o popular “Biriba”. A elefanta veio do Uru­guai onde trabalhou num circo até o governo Uruguaio, a exemplo de outros países como o Brasil, proibir apresentação de animais em espetáculos circenses.

Na época, a doação de Maison ganhou a mídia porque após a negociação, descobriu-se que o Zoológico Municipal não possuía a estrutura exigida pelo Ibama e pelo Centro de Fauna Silvestre para abrigar o animal. Em março de 2013, um ano e cinco meses morando em um local improvisa­do, Maison ganhou um espaço adequado a legislação ambiental. O recinto possui 1,5 mil metros quadrados e tanque de 100 metros quadrados e custou ao município R$ 644 mil. Parte do recurso foi obtido por meio do Programa Integrado de Educação Ambiental (Piea), do Governo Federal. Maison pesa quatro toneladas, bebe cerca de 100 litros de água por dia e gosta de frutas, principalmente maçãs.

A elefanta Bambi chegou a cidade em 23 de julho de 2014. A elefanta indiana Bambi veio do zoológico municipal da cidade de Leme (SP), por determinação da secretaria estadual do Meio ambiente. Na época, secretaria considerou o local e o espaço em que ela vivia inadequado. Antes Bambi pertencia ao Circo Stankowich.

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