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Zelenski propõe negociar com Putin

REUTERS

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, propôs a Vladimir Putin uma negocia­ção, segundo a agência de no­tícias russa RIA. Em dois pro­nunciamentos diferentes nesta sexta-feira, 25 de fevereiro, Ze­lenski afirmou que a invasão russa é como um ataque da Segunda Guerra Mundial, que está disposto a dialogar e até mesmo adotar um “status neutro” – o que, na prática, significaria o abandono da ambição de entrar na Orga­nização do Tratado do Atlân­tico Norte (Otan).

“Não temos medo de falar sobre nada. Sobre garantias de segurança para nosso país. Não temos medo de falar so­bre o status neutro, e não es­tamos na Otan no momento”, disse, antes de ressaltar que essa condição tornaria seu país vulnerável a futuras agressões. “Mas que garantias e, mais importante, quais países espe­cíficos nos dariam garantias?”

Em outro pronunciamen­to na tarde de sexta-feira em Kiev (pelo horário ucraniano), o presidente pediu negocia­ções com a Rússia. “Eu quero mais uma vez fazer um apelo ao presidente da Federação Russa. Vamos sentar à mesa de negociações e parar as mortes.” Adotando sua política usual de morder e assoprar, a Rús­sia deu respostas em direções contraditórias. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que Putin iria analisar a decla­ração de Zelenski, mas que ela seguia “um movimento numa direção positiva”.

“Vladimir Putin está dis­posto a enviar uma delegação russa de alto nível a Minsk para negociações com uma delega­ção ucraniana”, disse Peskov a agências russas. Minsk, capital de Belarus, já era a cidade em que conversações e acordos de paz foram realizados anterior­mente entre Rússia e Ucrânia, depois da ocupação da Cri­meia pela Rússia, em 2014.

Já o chanceler russo, Ser­gei Lavrov, disse que a Ucrânia “perdeu a oportunidade das ne­gociações de segurança” e está “simplesmente mentindo” ao mostrar disposição para discutir um status neutro. “O presidente Zelenski não disse a verdade, ele simplesmente os enganou”, dis­se Lavrov. “Ele está mentindo quando diz que quer discutir o status neutro da Ucrânia. Ele perdeu a oportunidade das negociações de segurança”.

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoly Tkach, confirmou, em Brasília, o abatimento de sete aviões, seis helicópteros, mais de 30 tanques, 130 veículos blinda­dos e aproximadamente 800 soldados russos. No primei­ro dia de ataque russo, entre militares e civis, pelo menos 137 pessoas morreram na Ucrânia e outras 316 ficaram feriadas. Tkach ainda confir­mou a informação de que o presidente ucraniano pediu para a população se armar para defender o país.

“Exatamente o que eu co­mentei sobre a defesa territo­rial. São civis, homens e mu­lheres, que pegam em armas para proteger as suas casas dos invasores”. Ele afirmou que a Ucrânia impôs a lei marcial, que impede homens de 18 a 60 anos, naturalizados ou não, de deixarem o país e que, na capital, foram intro­duzidos toques de recolher.

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