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Zanardi destaca importância da base e pede para Botafogo ‘dar um passo para trás’ 

Experiente com juniores, técnico menciona projetos bem-sucedidos de rivais do interior 

Sub-20 e profissional se enfrentaram em jogo-treino no último dia 30  (Raul Ramos)

Com o início da Copa São Paulo de Futebol Júnior, que inaugura o calendário brasileiro em 2025, a necessidade de olhar com atenção para as categorias de base fica ainda mais evidente. Não é diferente no Botafogo, que tem em seu técnico um verdadeiro entusiasta das camadas juvenis. 

Márcio Zanardi ocupou, entre 2004 e 2021, cargos de treinador do sub-13 ao sub-20 de diversos clubes, como Corinthians, Santos, Portuguesa e São Bernardo. Mesmo que agora comande os profissionais, o profissional sabe da importância da base para um time de futebol bem estruturado. 

Nos últimos anos, equipes do interior, como Mirassol, Novorizontino e Red Bull Bragantino, se destacaram pela formação de garotos que, posteriormente, renderam frutos no âmbito esportivo e financeiro. Dois deles disputarão a Série A do Campeonato Brasileiro em 2025 – a equipe de Novorizonte bateu na trave e continuou na Série B pelos critérios de desempate em relação ao Ceará. 

“A gente precisa olhar a categoria de base com muito carinho. Você precisa formar os jogadores para poder vendê-los e arrumar recurso para investir. Precisa ter processo, um CT muito organizado, profissionais muito capazes para poder desenvolver e, aí sim, buscar. A gente olha Mirassol, Novorizontino e Red Bull [Bragantino] e os times grandes, os times organizados”, disse. 

O centro de treinamento já está encaminhado. No último dia 24 de dezembro, o Pantera deu um importante passo na estruturação de suas categorias de juniores e oficializou a compra de um terreno de 140 mil metros quadrados, às margens da Rodovia Cândido Portinari. Lá, serão construídos três campos e um alojamento para até 96 atletas – tudo para a base. 

Na visão de Zanardi, não adianta gastar somente com o time profissional e esquecer dos craques do futuro. Um exemplo é o volante João Costa, revelado pelo próprio Botafogo, convocado para a seleção brasileira sub-20 e peça importante na última temporada (foram 35 jogos e dois gols). 

“É dar um passo para trás, porque Ribeirão é uma cidade maravilhosa, muito grande e merece ter um time na Série A. Para estar na Série A, não é pensar como grande, mas fazer os processos com calma, com tranquilidade, tomando decisões não por paixão, mas com a razão. É isso que o presidente e o Toninho [Cecílio, executivo de futebol] fazem. Precisamos olhar de novo para a categoria de base, formar os jogadores e dar condições para que as coisas aconteçam ao natural”, completou o técnico. 

O Tricolor estreia na Copinha nesta sexta-feira, às 15h15, em Brodowski, diante do Azuriz-PR. Já a equipe profissional retomou a preparação após a folga de fim de ano e trabalha de olho na primeira rodada do Paulistão, dia 15, às 19h30, fora de casa, contra o Guarani. Antes, o time faz seus dois últimos amistosos, contra Ferroviária, na próxima terça-feira, e diante do Monte Azul, no dia 11. 

 

 

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