Maior tenista brasileira de todos os tempos, Maria Esther Bueno foi homenageada pela organização do tradicional torneio de Wimbledon, que publicou na capa do site oficial um texto sobre a trajetória da atleta, que morreu na última sexta-feira, aos 78 anos, em São Paulo, vítima de câncer. O perfil destaca os três títulos dela em simples e cinco nas duplas no evento britânico.
“Bueno, uma das campeãs mais amadas de Wimbledon, faleceu em São Paulo depois de uma batalha contra o câncer. Sua humildade, graça e inventividade conquistaram corações em todo o mundo no final dos anos 1950 e além”, inicia o texto, recheado de fotos históricas.
“Em termos de tênis, ela será lembrada como a maior tenista da história do Brasil e a única latino-americana de qualquer um dos sexos a conquistar um título de simples no All England Club. Ela sagrou-se campeã três vezes um período de oito anos, fazendo cinco aparições na final, a última delas há 52 anos”, continua.
Em alguns trechos poéticos, o relato enfatiza “combinação de habilidade, elegância e condição atlética” da tenista e faz referência, inclusive, para suas vestimentas e gosto para a moda, propensa “para alguns dos designs mais bonitos” do renomado estilista Ted Tinling. “Cada movimento de Maria combinou a graça de uma bailarina com o poder controlado de uma ginasta de ponta”, escreveu John Barrett na história oficial de Wimbledon, aponta o site.
Wimbledon exalta o legado da brasileira. “O sucesso de Bueno contribuiu muito para desenvolver e promover o tênis no Brasil – onde um selo foi emitido em sua homenagem – e, de fato, em toda a América do Sul”.
Ao todo, Maria Esther Bueno conquistou 19 títulos de Grand Slam, entre simples, duplas e duplas mistas. Os britânicos finalizam a homenagem contando o encontro dela com Roger Federer, em 2012, quando o tenista estava no Brasil em sua turnê de fim de temporada. Ele pediu para bater bola com ela na quadra, para que pudesse ver seu famoso backhand de perto. O suíço disse depois que seu tênis ainda era “incrível”.