A Williams marcou nesta terça-feira o início da segunda metade da maratona de lançamentos da Fórmula 1 para a temporada 2022. A equipe inglesa, que vem desesperadamente tentando deixar a zona inferior da tabela de classificação do Mundial de Construtores, mostrou para o mundo o novo FW44.
Os lançamentos de 2022 têm se caracterizado por um suspense além do comum. A Haas começou apresentando só a pintura, enquanto que a Red Bull e a AlphaTauri admitiram que mostraram carros conceitos que não devem ter muito a ver com os originais. A McLaren vai fazer mudanças severas antes do GP do Bahrein, em março, que marca o início do campeonato, fazendo com que apenas a Aston Martin, possivelmente, pareça ser verdadeira.
O já tão conhecido azul segue como marca registrada. A diferença é que as cores estão dispostas de uma forma diferente, com o azul escuro bastante evidenciado e alguns detalhes em vermelho. A Williams, assim como algumas equipes, optou por não mostrar muito além da pintura. De qualquer forma, a asa dianteira parece ser mais alta e tem três lâminas. O bico, diferente do RB18 da Red Bull, por exemplo, parece ser mais achatado. A entrada de ar é ovalada.
A Williams teve um período de férias bem menos conturbado do que os mais recentes. Para alguém que, em outras oportunidades, apresentou carro desfalcado e até perdeu parte da pré-temporada, os ares são bem mais tranquilos.
Com Jenson Button chamado para atuar mais próximo do tailandês Alexander Albon e do canadense Nicholas Latifi, como consultor, a Williams ainda teve boas novidades nas últimas semanas. Um patrocínio grande com a Duracell foi o mais recente, mas teve também a importantíssima vitória em processo contra a ROKiT, apoiadora chinesa em 2019.
O clima de otimismo por lá é visto nas declarações de Jost Capito, chefe da equipe. Ligeiramente satisfeito ao saltar de 10 º para oitavo no último Mundial de Construtores, o dirigente falou de como o time tirou todo potencial que tinha em 2021 para salvar uma premiação maior no campeonato, fechando na frente de Alfa Romeo e Haas.
“Acho que a equipe tomou algumas decisões muito corajosas em Budapeste quanto à escolha dos pneus, além de manter essa posição”, explicou. “Então, eu acredito que [conquistamos esses resultados de 2021] com mérito, porque se você está em posição de somar os pontos e não pode vencê-los, então você não fez o seu trabalho”.
Atualmente controlada pelo grupo de investimentos norte-americano Dorilton Capital, a Williams começa a ter um aporte financeiro mais considerável a partir de 2022. Mas, mais até do que a temporada que se inicia no próximo mês, a expectativa é a de construir um futuro que seja de triunfos e não de ganho de território no fundo do pelotão.
“Nossos investidores realmente querem construir essa máquina adequada, uma máquina vencedora, e sabem que dois ou três anos são (necessários) para construir a equipe e outros dois ou três para desenvolver”, destacou o engenheiro-chefe Dave Robson em entrevista ao site The Race.
O próximo lançamento acontece nesta quinta-feira com a Ferrari mostrando o seu novo carro para o mundo. A semana ainda tem a Mercedes.