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Walter Franco morre aos 74 anos

DIVULGAÇÃO/MARCELO MACAUÊ

Morreu na madrugada desta quinta-feira, 24 de outu­bro, na capital paulista, aos 74 anos, o cantor e compositor Walter Franco. Há 15 dias ele sofreu um acidente cardiovas­cular e passou por tratamento paliativo. O corpo foi crema­do em cerimônia no Crema­tório de Vila Alpina.

Franco nasceu em São Paulo e estudou na Escola de Arte Dra­mática, onde se formou. Sua car­reira começou com a composi­ção de trilhas para peças teatrais, como “O contador de fazendas”, dirigido por Dulcina de Moraes, e “Os olhos vazados”, dirigido por Emílio de Biasi. Ficou co­nhecido no período dos festivais com a primeira canção, “Não se queima um sonho”, apresentada por Geraldo Vandré.

Segundo a biografia de Fran­co, o momento que marcou a primeira fase de sua carreira foi a apresentação da música “Cabe­ça”, de sua autoria, no Festival In­ternacional da Canção de 1972, da Rede Globo. “Uma música totalmente fora dos padrões da época, baseada em vozes super­postas e repetições de fragmen­tos da letra, quase incompreen­sível”, diz a biografia.

Em 1974, inaugurou outro procedimento que seria uma marca de seu trabalho. No show “A sagrada desordem do espíri­to” apresentava-se só no palco, na posição da “Flor de Lótus”, com seu violão. Em 1975, par­ticipou do Festival Abertura, com a música “Muito tudo”, em homenagem a João Gilber­to (1931-2019) e John Lennon (1940-1980).

Em 1976 lançou o disco “Revolver”, considerado uma obra-prima, por ter uma musi­calidade próxima ao rock. Em 1978 lançou “Respire fundo”, disco que teve a participação de mais de 200 músicos como João Donato, Sivuca, Wagner Tiso, Elba Ramalho, Zé Rama­lho, Lulu Santos, Geraldo Aze­vedo, entre outros.

No Festival da Tupi de 1979, apresentou a música “Canalha” e conquistou o se­gundo lugar. A canção aparece no disco “Vela aberta”, lançado em seguida. Em 1981 parti­cipou do Festival MPB-Shell, com a canção “Serra do Luar”, com arranjos de Rogério Du­prat. Essa versão foi registrada apenas no disco do festival e a música fez grande sucesso pos­teriormente em uma gravação de Leila Pinheiro.

Em 1982 lançou o disco “Walter Franco”, e em 2000, “Tutano”, no qual apresen­ta um repertório inédito em músicas como “Zen”, “Gema do novo” e “Acerto com a na­tureza” (com Cristina Villa­boim) , “Nasça” (com Arnaldo Antunes), “Totem” (com Cos­ta Neto), além da releitura de “Cabeça”, “Distâncias” e “Mui­to tudo” e outras canções.

No mesmo ano recebeu uma homenagem com o documen­tário “Muito tudo”, dos jovens cineastas Bel Bechara e Sandro Serpa, destaque da mostra de audiovisual do Museu da Ima­gem e do Som (MIS) e vence­dor do Festival É Tudo Verdade. Em 2015, Franco comemorou 70 anos de vida e sua volta aos palcos e relançando o álbum “Revolver”, após 40 anos. Já foi regravado por artistas como Chico Buarque, Titãs, Leila Pi­nheiro, Ira! e Camisa de Vênus.

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