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Volta do horário de verão em novembro pode ser realidade 

Silveira afirmou que a volta do horário de verão para novembro poderá ser possível se, nos próximos dias, não houver uma melhora no cenário hidrológico  (Tauan Alencar/MME )

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira, 2 de outubro, em coletiva à imprensa, que a volta do horário de verão para novembro poderá ser possível se, nos próximos dias, não houver uma melhora no cenário hidrológico do país atualmente desfavorável. Porém, depende do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
 
Uma decisão ainda não foi tomada, mas o ministro disse que já esteve reunido com representantes das companhias aéreas. No mês passado, o CEO da Azul, John Rodgerson, reconheceu que o possível retorno do horário de verão teria impacto no planejamento de voos. Para o executivo, seriam necessários 45 dias, no mínimo, para a reprogramação. 
 
O eventual retorno do horário de verão já em outubro preocupava também a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, sobre possíveis impactos no período de votação das eleições municipais deste ano, bem como na divulgação dos resultados. 
 
O adiantamento dos relógios em uma hora seria aplicado nos seguintes Estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e também no Distrito Federal.  
 
Havia seletividade porque o horário de verão teria mais eficácia nos locais do país que ficam distantes da Linha do Equador, pela diferença na luminosidade do dia. Para Silveira, o horário de verão foi extinto pelo governo anterior por questão ideológica. 
 
Levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que o horário de verão é bem-visto pela maioria das pessoas. De acordo com a pesquisa, feita com três mil pessoas, 54,9% dos entrevistados são favoráveis à mudança nos relógios ainda este ano. 
 
Deste total, 41,8% dizem ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, e 13,1% se revelam parcialmente favoráveis. Ainda segundo o estudo, 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação; 17% veem com indiferença a mudança; e 2,2% são parcialmente contrários. 
 
Silveira apontou o horário de verão como uma medida que contribui para a sustentabilidade energética e citou o Canadá como exemplo de outro país que adota o mecanismo. Instituído em 1931 no Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo Jair Bolsonaro decidiu revogá-lo, em abril de 2019, alegando pouca efetividade na economia energética. 
 
O horário de verão, além de ser uma prática consolidada em todo o mundo, é uma ferramenta valiosa para a economia do país. A última edição do horário de verão (2018/2019) terminou à zero hora de 17 de fevereiro de 2019. Começou em 4 de novembro de 2018 e teve duração de 105 dias, 21 a menos do que na anterior. A CPFL Paulista previa à época economia de 48.561 megawatts-hora em sua área de concessão 
 
Este volume seria suficiente para abastecer Ribeirão Preto – cidade que em 2018 contava com 694.534 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – por oito dias, Campinas por quatro, São José do Rio Preto por doze, Marília por 28 e Bauru por 17.  
 
Horário de verão – No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase seis meses, vigorando de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.   
 
No verão seguinte, a medida foi novamente adotada, mas, depois, começou a ser em períodos não consecutivos. Primeiro, entre 1949 e 1953, depois, de 1963 a 1968, voltando em 1985 até 2019. O período de vigência do horário de verão era variável, mas, em média, dura 120 dias. Em 2008, o horário de verão passou a ter caráter permanente. 
 
No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países – atingindo cerca de um quarto da população mundial. O programa vigora em países como Canadá, Austrália, Groelândia, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai. Rússia, China e Japão, por exemplo, não implementam esta medida. 
 

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