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Você conhece o Chile e sua literatura? (4)

Tido pelos chilenos como um “país de poetas”, devido à importância que vários escritores do gênero lírico tiveram ao longo de sua história, no Chile, durante a colonização, em 1596, destacaram-se poemas épicos como “La Araucana”, de Alonso de Ercilla e “Arauco Domado”, de Pedro de Oña, o primeiro poeta nascido no atual território chileno. Séculos depois, quatro poetas chilenos se destacaram: Vicente Huido­bro, Pablo de Rokha, Gabriela Mistral – a primeira chilena a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945 – e Pablo Neruda, o mais famoso poeta chileno, que conquistou o Prêmio Nobel de Literatura em 1971, considerado um dos principais nomes da literatura ocidental de todos os tempos. Outros poetas proe­minentes são Enrique Lihn, Jorge Teillier e Gonzalo Rojas, vencedores do Prêmio Miguel de Cervan­tes, além de Nicanor Parra, vencedor do Prêmio Nacional de Literatura do Chile em 1969.

No gênero narrativo, desta­cam-se Isabel Allende, con­siderada a escritora de língua espanhola mais lida do mundo; Alberto Blest Gana, Francisco Coloane, José Donoso – cujo romance “El obsceno pájaro de la noche” é uma das obras essenciais do cânone da literatura ocidental do século XX; Jorge Edwards, vencedor do Prêmio Miguel de Cervantes em 1999; Marcela Paz, conhecida por sua obra “Papelucho”; além de Manuel Rojas e Luis Sepúlveda.

Também reconhecido internacionalmente, Roberto Bolaño e suas traduções para o inglês tiveram uma excelente recepção da crítica. No gênero dramático se destacam Isidora Aguirre, Juan Rafael Allende, Luis Alberto Heiremans, Juan Radrigán Rojas, Alejandro Sieveking, Sergio Vodanović e Egon Wolff, entre outros. Isidora Aguirre teve uma de suas obras retratada em um musical que, inclusive, marcou a história do teatro chileno na segunda metade do século XX, “La pergola de las flores” (1960), devido a seu sucesso no exterior. Roberto Parra também se destaca, especialmente pelo fato de que sua obra, “La negra Ester” (1988), é a mais assistida na história do teatro do Chile. “La muerte y la doncella” (1990), de Ariel Dorfman, foi a obra chilena mais representada internacionalmente. As contribuições mais signi­ficativas para a filosofia manifestaram-se a partir da segunda metade do século XX. Com a chegada dos filósofos chilenos que estudaram na Europa, as ideias revolucionárias e reformistas da época se instalaram no país, muitas das quais consegui­ram materializar-se em publicações que inspiraram jovens políticos da época. Entre os filósofos mais destacados estão Jorge Millas, Jorge Rivera Cruchaga, Roberto Torretti e sua esposa, Carla Cordua.

Na contemporaneidade, os auto­res chilenos mais destacados sendo Alejandro Zambra, autor de “Múlti­pla-Escolha”, e Marcela Serrano, de “Doce inimiga minha”.

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