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Vivendo perigosamente

Carrego uma chinesinha há 10 dias e não virei jacaré, ainda. Quanto tempo leva a transformação? Quem tem a espe­rança de ser um réptil, indiferente a tudo, viver na paquera para o bote traiçoeiro, deve aguardar por mais tempo ou nem tome a vacina, principalmente agora que são tantas, a escolher.

Antecipamos na terça passada que viria a vacina produ­zida pelo Bolsonaro, recusada “a preço de ouro” (nem ga­nhando o Pão de Açúcar.) É ribeirão-pretana, com DNA da USP. Imuniza mais que a do Doria? (Deve garantir até 2022, novembro(?), pelo menos.)

Outro 31 de março (amanhã, já feriado em SP): em1964, terça-feira. Opa, é hoje! Lá, o decisivo foi a véspera (nova­mente hoje). Se é dia de golpe, faça no time do Morumbi. Há 57 anos se discute – foi golpe? Teve nome de revolução, tiro mesmo nenhum, ninguém morreu, nem os militares – naque­la hora. Bolsonaro garante: golpe, não. Certeza absoluta, de quem nem estava lá; nunca deu mostras de uma coisa ou ou­tra. A dúvida continua. Os antagonistas seguem decepciona­dos; recentes investidas deram errado, levaram deputado pra cadeia, tem quem corre riscos no Supremo (vão condenar).

Nessa do deputado, eles resolveram fazer uma lei para dificultar prisões de político com mandato, deve afagar gente “da ativa”, como Pazuello. A impunidade desejada pelos con­gressistas é tão escandalosa que esbarrou no “censo crítico” (tem isso lá ?), mandando a “obra prima” para uma comissão (espécie de UTI, pra terminais), que vai intubar, sem oxigênio e aproveitando a semana santa será…“(?) e sepultada”, silen­ciosamente, sem presenciais, como é preciso.

Prática similar se repetiu naquele encontro injurídico dos três poderes para resolver tudo, da pandemia. De repente descobriram que nada poderiam resolver, então resolveram criar uma comissão, não prevista em lugar algum. Aplica­ram a velha teoria da nossa política: “quando é para resolver nada, nomeia-se uma comissão”. E estamos resolvidos porque a pandemia não acabou, piorou. Serviu para que se vissem, conversassem (sobrassem tapinhas nas costas), tomassem o cafezinho (que nós pagamos), discursassem o que já sabíamos e voltassem pra suas casas certos que assim nos fazem felizes, do nada, como sempre.

Algo houve. Apareceu o novo “chefe” da Saúde: assinará, viajará, dará entrevistas, receberá, mas as ordens é do “não médico”, o presidente, que ouviu do subordinado: “use másca­ras”. Teich (o segundo no cargo) fez o mesmo, não durou um mês. “O novo”resistirá mais ou menos?
Se Bolsonaro tiver que trocar “o novo” não será problema, acostumou (é o quarto). Cai ministro quase todo mês, foram: Casa Civil, Educação, Cultura, Segurança, Governo, Defesa, Infraestrutura, Cidadania… Difícil é o seletivo, nem doutora da USP quis! E vai: “chama lá um Pazuello, o próximo da fila“.

O seletivo é contínuo, antes de vagar. Agora é o das Rela­ções Exteriores, quase foram os do Meio Ambiente e da Econo­mia, mas estes são do “império”, diferem dos “que caem”, “quase caindo” ou “já derrubados”. Pazzuello, de um a um, tão fiel e incompetente, não foi pra cargo algum. Ruim até pra “nego­ciar”o seu. Não serviu pra nenhum. Bem feito. (Demorou!)

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