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Vivendo com uma chinesinha até 2022

Mês, mês, mês – chegou a minha vez! Graças ao meu Deus! Devo incluir o Doria? Uma glória! Vacina em março, quase no 31, é golpe!

Pensei, agendado para sábado, 9 horas, nem audiên­cia é! Se a mulher se dispõe levar, veja lá: quem garante voltar? Carregar uma “chinesinha” por mais 73anos (chinês é secular!), vale. Arriscar, sem relutar. Fiz que acreditei. Levantei e fui (pra fila). Na recepção, primei­ro susto: a organização!

Todas de branco, mascaradas e atenciosas. Veio a velha suspeita: devem estar ganhando bem! Descobri­ram, vacinar dá dinheiro. Na mente, aquele agulhão, todo vigoroso! “Sente-se aqui”, “Venha pra cá” e o agu­lhão chegando! Engano, tamanho da TV! Nem doeu, na seringa vazia a certeza de que vacinação há, em ple­no sábado, sem hora extra, pura dedicação de coração.

Mas, antes, você mostra tudo, RG, CPF, proto­colo, data. Ah, endereço. Consta que o Lula levou dois de São Paulo: do triplex e do sítio. “Presidente, basta um.” – “Senhora, então é este, o mais atual, de Curitiba mesmo.”

A curiosidade: saber o que os velhinhos pensam (ou dizem) na hora da picada milagrosa (ou misteriosa?), porque as caretas são sugestivas: “– posso agora ir pra balada? Ou vou virar jacaré?” Já as mulheres são dife­rentes, discretas e vibram, de mãos dadas para o céu. Mas o que pensam? (censurado).

Conversei muito e ouvi:“será que mudarei de sexo?, ganharei na loteria sozinho ?O BBB aceita minha “veí­nha”para estrelar? “Pílula azul” nunca mais?, como será agora o meu orgasmo? Se a mudança não for boa, nem volto para a segunda dose”.

Alguém (o de traz, na fila) disse que um pesqui­sador do IBOPE passou perguntando se tomaria uma vacina produzida pelo Bolsonaro. “– Moço, nem que me dêem o Pão de Açúcar” (cadastrado: em hipótese alguma).

Já os torcedores do São Paulo responderam concor­dar se o time inteiro , só assim para tentar um título, serve do BBB (no cadastro: pesquisados em desespero).

Lembrei as caretas dos famosos: Lula, olhava para o jornal no chão do carro (dizem que pisava em Dória), mirando foto do governador “esquartejado” (linguajar da guerrilheira, “querida” Dilma). Temer teria virado para o lado, procurandoo pessoal da JBS. Silvio Santos (disfarçado sem peruca, mal vestido, camisa desabo­toada) imaginava mais 90 anos para triturar a Globo revivendo o “Cidade contra Cidade” e ganhar outra TV para as filhas (com ele, genro não leva).Roberto Carlos nem saiu do carrão, preferiu o som dos fãs “que tudo o mais, vá pro inferno”.

Em outras épocas: Brizola, em “ligeiro” discurso de duas horas, atacaria Biden e a invasão do capital norte­-americano (aos brados, do topo de um engradado da Coca-Cola, para fugir dos algozes), a Globo não levaria ao ar; Maluf, sincero, assumiria a vacina como nova obra do seu governo, paga do seu próprio bolso; Jânio Quadros, se vacinaria em pé, recusaria sentar onde “nádegas indevidas estiveram”.

Por fim, eu, já vacinado (contra quem não sei, deixa pra lá), sem sintomas de réptil, perguntei: quanto devo? Resposta: nada, é de graça (segundo susto). E saí enten­dendo: picada do Doria não tem preço, nem dói. Mas desconfie! Só imuniza até 2022 (?).

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