O dia 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, é um feriado nacional no Brasil e em muitos países do mundo. Uma data de mobilização e luta por uma vida melhor para todos e por melhores condições de trabalho. No Brasil, a pauta do 1º de Maio Unificado, em 2023, inclui a luta pelo fortalecimento das negociações coletivas, por mais empregos e renda, pelo fim dos juros extorsivos, pela política de valorização do salário mínimo, pela revogação da reforma trabalhista, pelo fortalecimento da democracia, por uma aposentadoria digna para todos, pela valorização do servidor público, contra o assédio moral, a violência e o racismo, em defesa das empresas públicas, pela revogação do “Novo” Ensino Médio e pela regulamentação do trabalho por aplicativos.
Pela pauta unificada, é possível perceber que os atos deste ano buscam valorização dos servidores e do serviço público. Essa pauta que será defendida no próximo dia 1º de Maio ganhou um importante impulso a partir de uma plenária do presidente Lula, da qual eu participei, ao lado de lideranças sindicais de todo o país, realizada no Palácio do Planalto, no dia 18 de janeiro deste ano. Nesta plenária, que contou com a presença do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis, representado por mim e pela companheira Jacira Campelo, nossa secretária geral, o presidente Lula aprovou a criação de grupos de trabalho para tratar da política de valorização do salário, da regulamentação do trabalho com aplicativos e de medidas para fortalecer a negociação coletiva e a organização sindical.
Na convocatória do 1º de Maio, as centrais sindicais, de forma unificada, afirmam que é preciso virar a página de “um dos períodos mais difíceis da história recente do Brasil, com ataques à classe trabalhadora, à economia, aos direitos, à democracia e à soberania”. Assim, o Dia Internacional do Trabalhador em nosso país retorna à sua origem classista. Afinal, sabemos que o primeiro dia de maio foi definido como Dia Internacional do Trabalhador porque nessa mesma data, em 1886, aconteceram grandes manifestações de trabalhadores americanos em busca de menores jornadas de trabalho.
Até então, antes das jornadas de luta que marcaram o ano de 1886, era comum que os empregados trabalhassem 100 horas por semana em média, o que equivale a 16h diárias, durante seis dias da semana. Diversas greves nos Estados Unidos que ocorreram, principalmente no mês de maio, se espalharam pelo país e acabaram inspirando uma série de outros eventos ao redor de todo o mundo. Assim, o Dia do Trabalhador foi oficializado pela Segunda Internacional Socialista, que aconteceu em Paris em 1889, como uma forma de homenagem e tributo aos trabalhadores americanos que morreram lutando por melhores condições de trabalho.
Para nós, o 1° de Maio é um dia muito mais de protestos e reflexões do que comemorações. Gerar emprego e renda e garantir a valorização dos servidores e do serviço público é uma obrigação moral de quem governa um município, um estado ou o País. Tenho a certeza de que as manifestações do 1º de Maio de 2023 reforçarão a unidade e a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros. Viva o Dia Internacional dos Trabalhadores!