O terremoto que abalou o sul da Turquia e o norte da Síria na segunda-feira, 6 de fevereiro, alcançou a marca de quinto evento extremo mais letal do século após o número de mortos ultrapassar 37.000 nesta segunda-feira (13). Foi o pior abalo sísmico desde 1939 na região.
Superou o tremor de 11 de março de 2011, que provocou um tsunami no Japão, matando cerca de 20 mil pessoas e o de 26 de dezembro de 2003, no Irã. Em 8 de outubro de 2005, mais de 73 mil pessoas morreram vítimas de terremoto no Paquistão.
O pior evento extremo foi o terremoto de 7 graus na Escala Richter que destruiu o Haiti, em 13 de janeiro de 2010, causando 316.000 mortes. O segundo foi o terremoto de 9,3 graus na Escala Richter, em Sumatra, na Indonésia. Seguido de tsunami, em 26 de dezembro de 2004, no Oceano Índico, que causou cerca de 230 mil mortes.
Eram 37.357 mortes confirmadas e 92.600 feridos nos países até esta segunda-feira – 31.643 na Turquia, informa a Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD), e mais de 5.714 na Síria. Os números consideram os balanços fornecidos pelo governo nacional e por grupos de resgate que atuam no noroeste do país, controlado por jihadistas e rebeldes.
O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira, no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. Cerca de 1.500 réplicas foram registradas após o primeiro tremor. Milhares ainda estão desaparecidos. Nesta segunda-feira, uma semana após o evento, equipes de resgate ainda retiram sobreviventes dos escombros.
Ontem, várias pessoas foram retiradas de prédios que desabaram na Turquia. A fase de resgate está “chegando ao fim”, com a urgência agora mudando para fornecer abrigo, alimentação, educação e atendimento psicossocial aos afetados, disse o chefe de ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, durante uma visita a Alepo, no Norte da Síria, nesta segunda-feira. O governo turco declarou estado de emergência por três meses em dez cidades.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com 17 pessoas trazidas da Turquia, após terremoto no início da semana, aterrissou às 2h35 de domingo (12), na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. O grupo é formado por quatro crianças e 13 adultos, incluindo uma mulher grávida.
Com relação à nacionalidade, apenas nove eram brasileiros. Três são sírios, dois turcos, dois colombianos e um egípcio, que também tem cidadania síria. Os passageiros seguiram para o aeroporto do Galeão, onde seria feito o rito burocrático para dar entrada no país.
A viagem durou pouco mais de 14 horas, desde o embarque às 6h15 de Ancara, capital da Turquia (12h15 de Brasília). Os passageiros foram recepcionados por dois oficiais do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e ficarão sob os cuidados da pasta na chegada ao Brasil.
O avião de passageiros da FAB chegou na Turquia na última quarta-feira (8), com carga de donativos e equipe de ajuda humanitária com 42 pessoas, a maioria bombeiros, para atuar em regiões afetadas pelo terremoto registrado em cidades turcas e sírias no dia 6.