Ribeirão Preto registrou mais 142 casos de coronavírus em 24 horas – um a cada dez minutos – e o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 saltou de 7.684 para 7.826 nesta segunda-feira, 13 de julho, aumento de 1,84% em relação a domingo (12), segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
O recorde diário de casos foi constatado na quarta-feira (8), com 519 infecções. A cidade fechou parcerias para acelerar os testes de covid-19. O baixo número de casos, no entanto, também pode ser reflexo da lentidão de dados que ocorre sempre aos finais de semana. Neste período, os laboratórios e órgãos públicos fecham – e reflete nos dados de segunda-feira, que são sempre mais baixos do que no restante da semana.
Apesar da explosão do dia 8, a média diária na semana passada, entre os dias 5 e 11, foi de 237, contra 190 do período anterior – de 28 de junho a 4 de julho. Atualmente, são 23.673 notificações e 10.067 que testaram negativo para covid-19, ou 42,5% do total.
A cidade também aguarda o resultado de 5.780 exames que estão represados nos laboratórios (24,5%) – o número mais alto da pandemia, que antes era de domingo (12), de 5.725. Os 7.826 casos confirmados representam 33% e ocorreram em cinco meses – são 96 de março, 208 de abril, 1.238 de maio e 5.102 de junho, 3.864 a mais do que no mês anterior, alta de 312,1%.
Em apenas 13 dias de julho já são 1.182 pessoas diagnosticadas com Sars-CoV-2, cerca de 91 a cada 24 horas. Ribeirão Preto também tem 233 mortes. Desde 13 de junho, quando a cidade contabilizava 2.321 pessoas com coronavírus, mais 5.505 moradores foram infectados pelo coronavírus, média de 183 por dia e alta de 237,2%. Na época, o município contabilizava 59 mortes por covid-19.
Atualmente, são 174 a mais. A Secretaria Municipal da Saúde acrescentou às notificações e aos casos descartados também as síndromes gripais. Os pacientes que procuram atendimento no sistema de saúde do município e estão sendo testados mesmo com sintomas leves de gripe.
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social em Ribeirão Preto ficou em 44% na sexta-feira (10), 47% no sábado (11) e 51% no domingo (12). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%, e o aceitável de 50%.
Plano São Paulo
A explosão de casos de coronavírus, a evolução de mortes por covid-19 e a alta taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva levaram o governo do Estado a manter suspensas as atividades comerciais e de prestação de serviços não essenciais em Ribeirão Preto e nas demais 25 cidades da área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII).
Ribeirão Preto continua na faixa vermelha do Plano São Paulo, quando apenas os serviços essenciais podem atender, e mesmo assim com restrições. A nova quarentena, a sexta desde o início da pandemia, vai até 30 de julho. Uma nova avaliação será anunciada no dia 24, quando o Estado vai informar se a região terá condições de avançar de fase – provavelmente para a laranja, que é mais branda.
Máscaras
Funcionários do Centro de Qualificação Social e Profissional, da Secretaria Municipal da Assistência Social (Semas), produziram 22 mil máscaras de proteção facial. Feitos de TNT, os equipamentos de proteção individual (EPIs) são distribuídos aos servidores e às pessoas atendidas nos serviços de acolhimento da Secretaria.
Região
Sessenta e cinco cidades da macrorregião de Ribeirão Preto tinham 17.169 pessoas infectadas com o novo coronavírus, além de 540 mortes por covid-19 nesta segunda-feira (13). Já são 48 municípios com falecimentos em decorrência da doença. A taxa de letalidade é de 3,1%.
Segundo o Simi-SP, o isolamento em Barretos foi de 36% na sexta-feira, 40% no sábado e 43% no domingo, em Bebedouro ficou em 48%, 46% e 49%, respectivamente, em Franca foi de 45% nos três dias, em Jaboticabal foi de 42%, 44% e 49% e, em Sertãozinho, de 46%, 47% e 49%, respectivamente.