Em 19 de dezembro do ano passado, um cãozinho assustado, com partes do corpo queimadas, começou a receber cuidados da equipe veterinária da Coordenadoria de Bem-Estar Animal (CBEA) da prefeitura de Ribeirão Preto.
“O estado dele era grave. Estava com muita dor e muito medo. Mesmo nessas condições, sabíamos que com o tratamento correto ele se recuperaria”, relembra a coordenadora do setor e médica veterinária, Carolina Vilela.
Foi o que aconteceu. Hoje, após quase quatro meses de tratamento, o cachorrinho se recuperou. Além de um nome, “Garoto”, e de muito carinho, o filhote ganhou a chance de ter uma nova família. Segundo Carolina Vilela, algumas pessoas já se interessaram em adotar o cão, mas ele ainda aguarda um lar. “Mesmo com todo sofrimento, ele é muito carinhoso, brincalhão e dócil. Agora, está aguardando uma nova família”, diz a coordenadora.
O tratamento
De acordo com a coordenadora da CBEA, o tratamento contou com a aplicação de antibióticos e anti-inflamatórios na pele para aplacar a dor e melhorar as queimaduras. “Além dos remédios, o carinho que nós demos a ele, como damos a todos os animaizinhos aqui da CBEA, foi muito importante para a sua recuperação”, comenta a médica veterinária.
“Garoto” tem entre sete e oito meses de idade, é de porte pequeno, está castrado, vermifugado e microchipado. Interessados devem se dirigir à CBEA, na avenida Eduardo Andrea Matarazzo nº 4.255 (Via Norte), no antigo Centro de Zoonoses.
Crime
Quem pratica mal a algum animal responde criminalmente, de acordo com a lei federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Encontrado por moradores embaixo de um carro, na rua Javari, o cachorrinho “Garoto” foi mais uma vítima da crueldade contra animais. Estava dentro de uma sacola com dois sacos amarrados na cabeça, o que dificultava a respiração, e com as patas presas.
Segundo Carolina Vilela, não foi possível fazer o boletim de ocorrência porque não havia suspeitos. Para facilitar a identificação dos responsáveis pelos animais adotados na CBEA, a coordenadoria microchipa todos os cães e gatos que atende. “Caso encontremos algum animal vítima de abandono ou de maus tratos, com o microchip conseguimos identificar quem são os responsáveis”, explica a coordenadora.