O número de casos de sarampo registrados neste ano em São Paulo ano chegou a 3.591, segundo novo balanço da Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com a pasta, a capital concentra 60% dos registros – foram contabilizados 2.179 casos. O vírus está em circulação em 134 dos 645 municípios paulistas (20,8% do total) e a doença já fez três vítimas fatais: dois bebês – uma menina de quatro meses em Osasco e um menino de nove meses na capital, e um homem de 42 anos, também da capital.
Em 4 de setembro, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais 14 casos de sarampo que estavam sendo investigados em Ribeirão Preto, todos referentes ao mês de agosto. A cidade já soma 20 ocorrências da doença neste ano – as outras seis foram constatadas em julho (cinco) e junho (uma). Atualmente, outras 139 suspeitas de infecção estão sob investigação na cidade.
Em 2018, Ribeirão Preto registrou um caso não autóctone (importado) no mês de abril, depois de dez anos sem nenhuma ocorrência. A cidade conta atualmente com 36 salas de vacinas que permanecem abertas de segunda a sexta-feira – os horários de atendimento são variados, de acordo com o funcionamento de cada unidade de saúde.
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que vai oferecer para os Estados e o Distrito Federal cápsulas de vitamina A na concentração de 50 mil UI (Unidades internacionais) para casos suspeitos da doença em bebê com menos de 6 meses, faixa etária que não pode ser vacinada e que corre mais risco de ter complicações ou de morrer por causa da doença. As secretarias informam que continuam realizando a imunização de bebês maiores de seis meses e menores de um ano. As pastas também estão dando orientações para famílias de crianças que ainda não podem ser imunizadas.
“A recomendação para as mães de crianças com idade inferior a seis meses é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada, ventilação adequada de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença, como manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa bucal. Somente um profissional de saúde poderá avaliar e dar as recomendações necessárias.”
Entenda o sarampo
O sarampo é uma doença grave e que pode levar à morte, mas pode ser evitada pela vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez. Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses da vacina, a orientação é se vacinar. Desde agosto, o Ministério da Saúde recomenda que crianças a partir de 6 meses sejam vacinadas contra a doença. Chamada de “dose zero”, a imunização não substitui as doses que devem ser tomadas aos 12 e 15 meses. Quem já teve sarampo não precisa se vacinar, pois já possui os anticorpos para que a doença seja evitada.