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Vírus cancela a ‘hora do sim’

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João Camargo

Muitas pessoas sonham com o dia em que subirão no altar e dirão os votos aos seus amados, desejando uma vida repleta de amor. No entanto, neste último mês, alguns casais sofreram um doloroso baque por conta do coronavírus. O sonho foi postergado.

No último dia 19 de mar­ço, o prefeito Duarte Noguei­ra (PSDB) decretou situação de emergência em Ribeirão Preto (SP), determinando suspensões no funcionamen­to de estabelecimentos na ci­dade e eventos com aglome­rações de pessoas.

Por conta disso, casamen­tos, festas de debutante e outras mais tiveram que ser remarca­das ou, até mesmo, canceladas. Foi isso que aconteceu com a vendedora Magali Rodrigues Martins Galvani e com o asses­sor de vendas Élcio Figueiredo Galvani, que estavam com o casamento marcado para o dia 21 de março, dois dias após a divulgação do decreto.

O casal Magali Rodrigues Martins Galvani e Élcio Figueiredo Galvani. Mais de 14 meses organizando e festa adiada há dois dias da cerimônia

“Meu grande sonho e do meu noivo é o nosso casa­mento. Foram mais de 14 meses organizando, procu­rando e pesquisando locais para a festa, buffets, vestidos e tudo mais. Quando recebe­mos a notícia do proprietário do espaço onde realizaríamos a cerimônia de que não seria possível a realização de festas e afins foi uma notícia muito triste”, disse a vendedora.

Magali relatou que após o recebimento da notícia passa­ram a ligar para os convida­dos para informar o ocorrido. Agora, o casal está se reajus­tando com fornecedores, para a realização da cerimônia em uma nova data.

Apesar da notícia desani­madora, a vendedora infor­mou que, diante do momento que vivemos, essa foi a melhor medida a se tomar. “Depois que nos confortamos com tal acontecimento, começamos a analisar que esse realmente seria o certo e não poderíamos expor nossos convidados a esse vírus tão brutal”, comentou.

Além de Magali e Élcio, a turismóloga Patrícia Carvalho e o empresário João Pedro de Deus Junior, também tiveram o sonho adiado. O casal se ca­saria no dia 23 de maio.

“Demorou para cair a ficha. Achei que por ser no final de maio ainda daria tempo de re­alizarmos, mas eu e meu noivo sentamos e decidimos que não queríamos comemorar um dia tão sonhado em meio a esse caos, por isso decidimos adiar”, ressaltou Patrícia.

Patrícia Carvalho e João Pedro de Deus Júnior optaram pelo adiamento, pois muitos dos convidados têm idades acima dos 60 anos. “Não gostaria de colocá-los em risco”

A noiva disse, ainda, que muitos de seus convidados tem idades acima dos 60 anos e, por conta disso, não gosta­ria de colocá-los em risco. “O adiamento foi pensando neles e por amor a todos. O dia mais importante da nossa vida vai acontecer em um momento melhor, com muita alegria e para todos comemorarem com a gente como sempre sonha­mos”, salientou a turismóloga.

Prejuízo
Apesar do decreto ter le­vado uma péssima notícia aos noivos, quem também sofre com os cancelamentos e remarcações são as casas de festas. De acordo com Gui­lherme Collos Nogueira, que trabalha como gestor do Lona Branca Centro de Eventos, o prejuízo é evidente.

“Nós sempre vamos ter algum tipo de prejuízo, pois a empresa vive do giro, da co­mercialização e do fechamento de contrato das festas. O pre­juízo é evidente, por falta do faturamento. Nós não estamos tendo receita em relação a isso. Porém, a forma de trabalho e recebimento desses eventos não está causando problema, pois temos um padrão de reali­zar os eventos de acordo com o recebimento”, informou.

De acordo com Guilherme Collos Nogueira, que trabalha como gestor do Lona Branca, o prejuízo é evidente

Guilherme declarou que todos os casamentos que ti­nham sido agendados foram possíveis remarcar e, por isso, não houve cancelamentos. Ele disse, ainda, que teve bastan­te compreensão dos clientes e conseguiu flexibilizar as datas.

Além disso, o gestor do Lona Branca ressaltou a mu­dança de comportamento que a casa de festas e buffet estão tendo diante da Covid-19. “Para lidar com toda essa si­tuação, nós temos feito alguns planos de contenção dentro do Lona Branca, trabalhando com os funcionários mais es­paçados, em turnos alterados, diminuindo carga horária, além de distribuirmos álcool em gel e outros equipamentos para segurança. Além disso, es­tamos tratando tudo de forma on-line. Cancelamos reuniões presenciais com clientes para que, desta forma, consigamos diminuir a disseminação desse vírus”, finalizou Guilherme.

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