A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira (2) que “as diferenças ideológicas” não podem ser “fonte de desordem social” e disse que “violência não é justiça”. A declaração foi feita em pronunciamento transmitido pela TV Justiça e cujo teor foi divulgado pelo Supremo.
“Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições. Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade. Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social” , diz a ministra no pronunciamento.
A fala da presidente do STF ocorre em meio às tensões provocadas pelo julgamento, na quarta-feira (4), do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra sua prisão na Operação Lava Jato. Ele foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão na segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá, e pede para aguardar em liberdade até que o processo seja julgado em todas as instâncias judiciais.