Com um tema atual e que tem ganhado cada vez mais destaque, o espetáculo “Existo porque resisto” está de volta. Apresentado pela Companhia das Marias em parceria com o Sindicato Bar, a primeira apresentação da nova temporada acontece nesta quarta-feira, 6 de fevereiro, às 21 horas, e vai inaugurar a “quarta-cultural” do espaço. Antes da peça, às 20 horas, a cantora Ariane Santos fará um show para mostrar seu repertório.
A produção, que conta histórias de mulheres que tiveram suas vidas marcadas pela violência física, psicológica e emocional também convida todos a voltarem ao passado e ter um encontro com grandes revolucionárias. A direção é de Shirley Viana e conta com elenco de atores de Ribeirão Preto.
Maria Antônia, Maria Joaquina, Maria Sarah, Maria Conceição, Maria Vitória, Maria José e Maria contam suas histórias de sobrevivência e luta. “As Marias representam mulheres que sofrem, resistem e que não se calam fazendo com que o público se identifique com todas elas. E que sintam coragem e vontade de denunciar”, diz a diretora e atriz Shirley Viana.
Com um toque intimista para aproximar a plateia, “Existo porque resisto”, também se inspirou em grandes mulheres que mostram que a luta pela igualdade política, social e econômica começou gerações atrás. E como não poderia faltar, algumas dessas inspirações são homenageadas Nísia Floresta, Simone de Beauvoir, Angela Davis, Frida Kahlo, Pagu e Maria da Penha.
O elenco conta com Mariana Nabor, Eleicir Clemente, Mayara Maria, Victória Laporte, Anna Carvalho, Kelly Holland, Marcus Vinicius Perez e participação especial de Fábio Agueda. A violência contra a mulher transexual também é abordada. “O Brasil é o quarto no ranking de violência contra a mulher e é o país que mais mata transexuais no mundo”, destaca a diretora.
O ingresso tem preço único de R$ 20 e está à venda diretamente com o elenco ou para compra online no site do Sympla (www.sympla.com.br). Mais informações através do telefone (16) 99155-1649 ou na página do Facebook mariasexistem. O Sindicato Bar fica na rua Sete de Setembro nº 1.350, Jardim Sumaré, na Zona Sul.
Sinopse
Cada uma com suas histórias de vida e opressão. Resistentes de um mundo machista, violento e preconceituoso. Em cada voz um grito. Em cada gesto uma dor. Em cada olhar amores e desamores. Elas trazem a reflexão da luta de cada dia. Leva aos tempos de grandes mulheres revolucionárias que lutaram muito para conquistar tudo que foi conquistado até aqui. Mesmo assim vivem em um país onde a cada sete minutos uma mulher sofre violência física, psicológica ou emocional. Marias que cantam, dançam, choram e resistem.
Companhia das Marias
O projeto que nasceu há dois anos, numa conversa na mesa de um café, teve início com a vontade e a necessidade de falar de um tema importante: violência contra a mulher. A diretora e também atriz Shirley Viana somou força com outras atrizes e um ator para dar continuidade ao espetáculo. O processo contatou com pesquisas, ensaios e laboratórios.
Com sucesso de público e crítica e depois de quase um ano em cartaz, a Companhia das Marias nasceu com o objetivo de incentivar a cultura e levar aos palcos, assuntos que emocionam e levam ao público a reflexão. “Desenvolvemos um trabalho lindo e queremos fazer muito mais, sempre com a finalidade de informar e despertar uma consciência sobre a realidade que vivemos”, conta a diretora.