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Vinte ‘gatos’ por dia em RP

JF PIMENTA/ESPECIAL PARA O TRIBUNA

A CPFL Paulista, distribui­dora do Grupo CPFL Energia que atende 4,49 milhões de clientes em 234 municípios no Estado de São Paulo – 290 mil apenas na cidade de Ribeirão Preto –, intensificou a fiscali­zação contra fraudes e furtos de energia em Ribeirão Preto, Franca e cidades da região. Na comparação entre o ano pas­sado e 2017, a concessionária registrou um crescimento de 30% no número de irregulari­dades identificadas, passando de 7.906 para 10.266 casos em onze municípios.

A cidade de Ribeirão Preto foi a que registrou o maior nú­mero de irregularidades identi­ficadas, alcançando a marca de 7.368 ocorrências, um cresci­mento de 23,7%, com 1.413 de­núncias a mais. do que as 5.955 de 2017. A concessionária registra 614 por mês, mais de 20 por dia, quase um por hora – no período anterior a média mensal era de 496 e a diária, de 16. Em segundo lugar ficou Franca, com 1.546 ocorrências, e Sertãozinho, com 647 casos de fraudes e furtos em 2018. A energia recuperada na metró­pole regional, de 17.683 me­gawatts/hora, seria suficiente para abastecer 9.824 moradias ribeirão-pretanas por um ano.

No ano passado, a CPFL Paulista promoveu 32.398 ações de fiscalização em Ribeirão Pre­to – 47,7% acima das 22.540 de 2017. Em 2018, considerando a metrópole, Franca, Sertãozinho, Jaboticabal, Batatais, Jardinó­polis, Cravinhos, Brodowski, Buritizal, Jaborandi e Cândido Rodrigues, a concessionária conseguiu recuperar um volu­me de 24.637 MWh de energia furtada. Isso seria suficiente para abastecer 13.688 famílias de qua­tro pessoas pelo período de um ano, o que equivale ao consumo de uma cidade do porte de Cra­vinhos, Ibaté ou Pitangueiras.

As cidades com menor nú­mero de ocorrências são Cân­dido Rodrigues, com um furto de energia em 2018 (foram três no ano anterior) e Jaborandi, com três denúncias (contra cinco de 2017) – veja quadro nesta página. Nos últimos anos, a CPFL Paulista tem in­tensificado a fiscalização con­tra fraudes e furtos de energia em todos os municípios aten­didos pela distribuidora.

Em 2018, a distribuidora realizou 266,1 mil inspeções, aumento 42,4% na compara­ção com as 186,8 mil inspeções executadas em 2017. Atual­mente, a taxa de sucesso é de 21,3%, ou seja, para cada cinco fiscalizações realizadas, as equi­pes encontram uma fraude. Isso significa que, em 2018, a distribuidora encontrou 56.893 casos de fraudes e furtos, re­cuperando 136.534 MWh de energia (suficiente para abas­tecer 75,8 mil famílias por um ano, equivalente à cidade de Santa Bárbara d’Oeste).

“O trabalho realizado em conjunto com os órgãos pú­blicos e autoridades policiais também tem se mostrado fun­damental nas operações que visam o combate às fraudes e ligações clandestinas. Todas essas ações possibilitaram que a distribuidora passasse a iden­tificar um número maior de ir­regularidades em 2018”, afirma o diretor comercial da holding, Roberto Sartori.

Consumidores da CPFL Paulista podem contribuir para o combate às fraudes e furtos por meio dos canais de denún­cia disponibilizados pela conces­sionária. Denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo CPFL Energia, pelo site www.cpfl.com. br, pelo e-mail denunciafrau­[email protected] e pelo telefone 0800 774 4286, pelo. As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção.

Além disso, para os frauda­dores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o rou­bo, acrescidos de multa. Além de crime, as irregularidades con­tribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os con­sumidores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece nas chamadas “perdas comerciais”, como são denominados os fur­tos e as fraudes no jargão do setor elétrico, uma parcela do prejuízo da distribuidora com o valor da energia furtada e dos custos para identificar e coibir as irregularidades.

Outra consequência negati­va dos furtos e fraudes de energia é a piora na qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clan­destinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia. Consumidores que adotam esta prática, popular­mente conhecida como “gato”, também estão colocando em risco as suas vidas e da popula­ção. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.

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