Tribuna Ribeirão
Cultura

‘Vingadores’ quer ser o maior do gênero

Quando escalou Robert Downey Jr. para o papel de Homem de Ferro, a pedido do diretor do filme do herói Jon Favreau, a ideia da construção de todo um universo cinematográfico baseado nas histórias em quadrinhos da editora Marvel, era uma loucura. A própria escalação do ator, então de 43 anos, para interpretar um perso­nagem que era importante para os quadrinhos, mas não tinha a mesma importância – dentro do que se en­tendia como cultura pop naquele fim de anos 2000 – de nomes como Ho­mem Aranha, os X-Men, Wolverine, entre outros.

Depois de se salvar da falência vendendo os direitos dos seus gran­des personagens para outros estúdios, em 1990, Tony Stark e a versão de Dow­ney Jr. era o que a Marvel tinha em mãos naquele ano de 2008. Numa união de timing (os filmes de heróis estavam, enfim, sendo aceitos após os sucessos de outros estúdios, como a trilogia de “X-Men”, da Fox, “Homem-Aranha”, da Sony, e “Batman”, da Warner), com uma dose de humor ainda não usada pela concorrência e a promessa, numa cena escondida depois dos créditos, de que a aventura se expandiria para formar o supergrupo Vingadores, o estúdio se estabeleceu como a prin­cipal força do segmento de super­-heróis na tela grande.

Uma década depois, às vésperas da estreia de “Vingadores: Guerra Infinita”, a história já é outra. Com um orçamento de aproximadamente US$ 300 milhões, segundo o Wall Street Journal, o longa é o segundo mais caro da história –atrás apenas de “Piratas do Caribe: Navegan­do em Águas Misteriosas”, de 2011, cujo custo ultrapassou os US$ 378,5 mi­lhões –, o terceiro filme dos Vingadores também é o mais superlativo projeto dentre os longas dos personagens de quadrinhos. São, pelo menos, 28 perso­nagens de destaque – que tiveram seus próprios filmes solo ou eram importan­tes para seus núcleos.

“Guerra Infinita”, filme que estreia nesta quinta-feira, 26 de abril, nos cine­mas brasileiros – inclusive nas salas dos quatro shopping centers de Ribeirão Preto –, é o resultado da união de per­sonagens acumulados pela Marvel ao longo de 19 filmes – estes compõem o que se convencionou a chamar de Uni­verso Cinematográfico da Marvel já que, como nas HQs, as histórias são corre­lacionadas. E, tal qual nos quadrinhos, a união dessas figuras se dá diante de uma ameaça grande demais para qual­quer um deles. O vilão da vez é Thanos, interpretado por Josh Brolin, uma ame­aça ultra poderosa vinda do espaço, cuja presença tem sido constante nos filmes da companhia. Alguns mais, outros menos, os filmes da Marvel giram em torno de seis pedras precisas chamadas Joias do Poder espalhadas pela galáxia. Quem dominar as seis terá poderes ini­magináveis – e é o que Thanos quer.

Elenco inflado – Dentre vanta­gens de se ter tantos companheiros de cena, para Chris Pratt, o Peter Quill/StarLord de “Guardiões da Galáxia”, que passa a integrar também os Vin­gadores neste filme, está a possibili­dade de não precisar girar o mundo na promoção do filme. “Cada ‘vingador’ foi enviado para um País diferente”, brinca ele, na passagem por São Pau­lo, no início do mês. “Eu tive a sorte de vir para o Brasil. Depois daqui, vou direto para Los Angeles e só”. De fato, Pratt parece ter se divertido durante os dois dias nos quais esteve por aqui.

Ele é o protagonista dos filmes dos Guardiões da Galáxia, um grupo de foras da lei de bom coração que percorrem o espaço e, mesmo pouco conhecido fora do nicho dos fanáticos por quadrinhos, tornou-se queridinho ao estrear nos cinemas em 2014. Foi durante as histórias dos dois filmes de Pratt e companhia que a ameaça de Thanos pode ser mais sentida.

Eles, Guardiões, formavam o “nú­cleo do espaço”, que acabou se unindo com o herói Thor, desde o seu terceiro filme, Ragnarok, lançado no ano passa­do. Tony Stark, o Homem de Ferro, lidera o que se entende como “núcleo terres­tre” e principal alvo da busca de Thanos pelas tais Joias. “São grupos diferen­tes, mas que se unem para derrotar esse inimigo em comum”, explica Pratt. Diante de um time tão inchado de heróis, contudo, há quem se pre­ocupe com a falta de arcos próprios para tantos personagens. “Entendo essa questão”, defende Pratt. “Mas o que eu posso dizer é que sim, vamos ver a evolução desses personagens.”

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