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Política

Vila Mariana – Obra faz público de UBS aumentar 51%

FOTO: JF PIMENTA/ESPECIAL PARA O TRIBUNA

O fechamento da Unidade Básica de Saúde Professor Ze­ferino Vaz, no bairro Quintino Facci I, na Zona Norte de Ri­beirão Preto, para reforma e ampliação, colocou à mostra os problemas de infra-estru­tura da UBS Oswaldo Cruz, na Vila Mariana, na mesma região da cidade. Antes restrita apenas aos moradores do bair­ro, o posto passou a receber usuários de toda a vizinhan­ça, inclusive do Quintino I, Parque Avelino Alves Palma e Jardim Aeroporto. O público cresceu e uma série de proble­mas começou a aparecer.

Só para se ter uma idéia do aumento no tráfego de pessoas na unidade, levantamento da Secretaria Municipal de Saúde revela que, de janeiro a maio de 2018, foram realizados 30.533 atendimentos, contra 20.229 do mesmo período de 2017, aumento de 51%, ou 10.304 a mais. Somente o número de consultas subiu de sete mil para onze mil neste período, quatro mil a mais, alta de 57,1%.

Entre os problemas visíveis estão desde o mato e o lixo acumulados nas ruas laterais, o asfalto totalmente destruído nestas vias públicas e na rua Ribeirão Preto, em frente à unidade. A entrada da UBS da Vila Mariana também precisa de reforma e tem servido de casa para dois moradores de rua que passam o dia deitados em velhos colchões debaixo da marquise.

Moradora do bairro Quinti­no Facci I, a dona de casa Elfrida Rosa Moreira, que com o fecha­mento da UBS do seu bairro tem que se deslocar até a Vila Mariana, se diz espantada com a falta de conservação da unida­de. “Lá dentro também está pre­cisando de reforma, mas aqui fora é uma vergonha esse aban­dono”, afirma. Ela faz acompa­nhamento médico de diabetes e espera que a prefeitura dê uma “ajeitada” naquela região. Afinal, pelo menos por um bom tempo terá que freqüentar o local.

Atendimento é bom
Se a infraestrutura tem dei­xado a desejar, o atendimento dos profissionais que atuam na UBS Oswaldo Cruz é classifica­do pelos usuários entrevistados pelo Tribuna como muito bom. Esta é a opinião de Marcelo Pe­nha, que leva seus pais regular­mente à unidade. “O pessoal é muito atencioso e educado”, diz.

Opinião semelhante tem Aparecida Araujo, que com problemas circulatórios na per­na, semanalmente vai até lá. “Me tratam muito bem e não tenho nada a reclamar”, comple­ta. Com a fusão temporária das unidades do Quintino I, a da Vila Mariana recebeu reforço de dois ginecologistas, dois clínicos e um pediatra, além de sete au­xiliares de enfermagem.

A resposta da secretaria

Mato e entulhos – “Todos os espaços relativos a unidade estão com mato cortado, como na entrada da unidade”.
Moradores de rua – “Com relação aos moradores em situação de rua que dormem embaixo da marquise da unidade, foi solicitada diversas vezes a presença da Cetrem no local. Eles conversaram com os moradores e orientaram para que fossem para o abrigo. Entretan­to, eles se recusaram. Segundo o Cetrem não há como obrigá-los a deixarem o local.”
Má conservação da unidade – A Secretaria Municipal de Saúde fez uma licitação de cerca de R$ 4 milhões cujo objeto é o conserto e pequenos reparos de todas as unidades de saúde. A da Vila Mariana está incluída nestas obras.”
Asfalto deteriorado – A prefeitura informou que enviará uma equipe ao local para verificar os pro­blemas e incluir o conserto no cronograma.

UBS do Quintino I terá 800 m², diz a prefeitura

Segundo dados da prefeitura de Ribeirão Preto, com as obras de reforma e ampliação, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Professor Zeferino Vaz, na rua Cesar Montagnana nº 35, no Quintino Facci I, na Zona Norte, passará de 380 netros quadrados para 800 m² de área construída. Orçada em R$ 895,85 mil, a intervenção prevê adequações dos espaços físicos voltados à acessibilidade e ded outros setores como recepção, arquivo, salas de espera amplas, banheiros adaptados para usuários e funcionários com necessidades especiais, fraldário, sete consultórios e três salas de pré-consultas.
A ampliação prevê ainda farmácia com sala de atendimento farmacêutico, almoxarifado, salas de primeiros atendimentos, de curativos, de vacinas, de coleta e medicação, de inalação, consultório odonto­lógico com equipamentos para duas equipes, sala de raio-X odontológico, duas salas de atendimento em grupo e reuniões, sala da gerência, expurgo e esterilização, copa e vestiários para funcionários, depósito de materiais de limpeza e abrigo adequado para depósito de resíduos comuns e infectantes. Ainda não existe previsão de quando as reformas estarão concluídas, mas a UBS só deve atender em 2019 – a última estimativa era de seis meses.

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