Maurício Vila Abranches (PTB) enviou nota ao Tribuna para informar que não foi o relator do pedido de cassação do mandato do vereador afastado Waldyr Villela (PSD) no Conselho de Ética da Câmara de Ribeirão Preto e que a decisão de arquivar a denúncia do PSOL, a segunda em menos de um ano, foi conjunta. Segundo o petebista, houve uma reunião realizada com todos os membros da comissão para responder a uma consulta da Mesa Diretora sobre o assunto.
“Depois de analisada por todos os vereadores que compõem o Conselho de Ética, ficou entendido que se tratava exatamente dos mesmos fatos pelos quais já foi submetido e processado, consistindo em único diferencial a questão do mesmo ter se tornado réu no processo judicial que tramita na 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto”, diz a nota.
“Sendo assim, o conselho entendeu que a denúncia perdeu o objeto, não merecendo ser processada, tendo em vista já ter sido o vereador processado e julgado anteriormente pelos mesmos fatos e causa já apresentados anteriormente”. O Conselho de Ética da Câmara é composto por Otoniel Lima (PRB, presidente), André Trindade (DEM), Jorge Parada (PT), Marinho Sampaio (MDB) e Mauricio Vila Abranches (PTB).
Investigado pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Villela virou réu na ação penal que tramita na 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto e responderá por três dos cinco crimes de que é acusado – exercício ilegal da medicina (artigo 282 do Código Penal), de atividade proibida (205) e peculato (312) – aproveitar-se de cargo público em benefício próprio ou de terceiros. Ele nega todos os crimes e a defesa vai recorrer.