A divulgação dos vídeos onde o delator Lúcio Funaro detalha o recolhimento e distribuição da propina do PMDB deixa em mais dificuldade ainda o grupo do presidente Michel Temer.
Líderes governistas admitem que a negociação se torna mais difícil na Câmara. Com a popularidade de Temer em apenas 3% e denúncias graves rondando o grupo do Palácio, os entendimentos ficam mais caros e difíceis. É que fica pesado votar contra a abertura da denúncia.
O grande estrago, mesmo, pode ter acontecido na base, com o excessivo cuidado, para evitar o afastamento, que já está até programado, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do presidente Michel Temer, ele viu o relacionamento se tornar mais difícil.
O advogado de Temer, Eduardo Carnelós, considerou crime o vazamento dos vídeos na Câmara. Maia reagiu e se disse perplexo.
Em nota, garantiu que a Câmara seguiu todos os trâmites. Ficou mais uma cicatriz nesta relação entre o Palácio e Maia – visivelmente caminha para o rompimento.
No Chile – Em crise com o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), viajará nesta semana para o Chile. Maia deverá estar fora do Brasil justamente na semana em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa votará a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).