Por: Adalberto Luque
Desde a noite desta quinta-feira (02), os motoristas estão tendo que acessar desvios pois a concessionária Arteris ViaPaulista interditou a Rodovia Anhanguera (SP-330) nos dois sentidos. A interdição ocorreu para que as obras de recuperação na pista possam ser feitas com maior rapidez e segurança.
A concessionária está construindo um desvio operacional de tráfego entre o km 246 e 248,6 da Rodovia anhanguera. A previsão é que o desvio deve ser concluído e liberado somente no início da segunda quinzena de março. Segundo a Arteris, o desvio atual deve durar, a princípio, até a próxima terça-feira (07/03), quando será feita nova avaliação.
Quem precisa ir até São Paulo ou vir da Capital ao interior, a melhor opção é, em Ribeirão Preto, seguir pela Rodovia Antônio Machado Sant’Anna e, após o pedágio de Guatapará, entrar no acesso à Rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Júnior, seguindo para São Carlos. De lá, seguir pela Washington Luís até a Capital. Essa rota aumenta em 22 quilômetros o trajeto total entre Ribeirão Preto e São Paulo.
Em relação a gastos, se o percurso entre Ribeirão Preto e São Paulo fosse pela Anhanguera, o motorista de um veículo com dois eixos gastaria R$ 78,90 por trecho, ou R$ 157,80 ida e volta. Se fizer a viagem por São Carlos, o gasto será de R$ 80,2 por trecho ou R$ 160,40 ida e volta. Uma diferença total de R$ 2,60.
Se o motorista optar por vir pela Anhanguera no sentido Capital interior, ele vai apanhar o desvio pouco depois de Porto Ferreira, seguindo em estradas de pista simples e passando por Santa Cruz das Palmeiras, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo e São Simão, até chegar novamente na Rodovia Anhanguera. Irá percorrer, de acordo com a Arteris ViaPaulista, um trecho de desvio de 98,4 quilômetros. Se descontar o trecho interditado, vai rodar a mais 68,4 quilômetros.
Transtornos e muita chuva
“Por conta do congestionamento, fica parado um tempão até chegar ao ponto onde mandam retornar. Demorei em torno de duas horas e dez minutos a mais para chegar em casa. Porque depois você pega aquele mesmo trânsito que estava na sua frente em vicinais, em estradas simples. Foram duas horas e dez minutos a mais”, lamentou Edson Santana, empresário que faz o trecho entre Ribeirão Preto e Porto Ferreira pelo menos duas vezes por semana.
A região sofreu com as chuvas fortes e constantes dos últimos meses. De acordo com dados da Climatempo, somente em janeiro o volume foi 36% maior que a média histórica de 268 mm. O acumulado no mês foi de 365 mm e foi o início de ano mais chuvoso dos últimos 16 anos. Esse excesso de chuvas causou o problema na Anhanguera.
A Arteris ViaPaulista informou que a interdição preventiva e por medida de segurança deverá ser mantida pelo menos até terça-feira (07/03), data em que será feita nova avaliação.