Tribuna Ribeirão
Política

Vereadores de RP vão ‘investigar’ ecopontos

A Câmara de Vereadores instalou na última quarta-feira, 10 de junho, a Comissão Espe­cial de Estudos (CEE) dos Eco­pontos, motivada pelas reclama­ções de munícipes que residem próximo às chamadas caçambas sociais instaladas na cidade e pe­los questionamentos feitos pelos parlamentares sobre o assunto, que ficaram sem respostas da prefeitura de Ribeirão Preto.

A comissão foi proposta por Jorge Parada (PT) e conta tam­bém com Adauto Honorato, o “Marmita” (Pros), e Jean Corauci (PSB). A próxima reunião será re­alizada na quarta-feira (17), às 17 horas, quando os vereadores vão ouvir moradores próximos a estes locais – ainda não há informações como será a audiência, já que a Câmara voltou a restringir o aces­so às suas dependências por cau­sa da pandemia de coronavírus.

Na noite do feriado de Cor­pus Christi, quinta-feira, 11 de junho, mais uma caçamba social foi incendiada por moradores. Desta vez, a população ateou fogo no material deixado no de­pósito comunitário da rotatória entre a avenida Octávio Golfeto e aruá Coronel Américo Batista, no Jardim José Sampaio, Zona Norte. A vizinhança diz que já entrou em contato várias vezes com a prefeitura, sem solução.

No local também existe um espaço para a colocação de mas­sa verde. De acordo com o po­licial militar aposentado Mauro Filho, que reside próximo ao lo­cal, os incêndios são frequentes e ele acredita que as pessoas têm co­locado fogo para diminuir a quan­tidade de galhos depositados, que dificilmente são retirados pela ad­ministração municipal.

O acúmulo de entulhos em Ribeirão Preto não é algo recen­te. Em 2014, para tentar acabar com esta irregularidade, a admi­nistração municipal da ex-pre­feita Dárcy Vera criou o pro­grama “Caçambas Sociais”, que consistia na instalação destes equipamentos em varias regiões da cidade para que a população fizesse o descarte de entulho.

A iniciativa, contudo, não resolveu o problema por vários motivos. O primeiro, o fato de que em vários locais as caçam­bas não suportaram a grande demanda, o que acabou criando verdadeiros lixões no entorno. Outro fator é que parte da popu­lação não levava o material até as caçambas e preferia depositá-los em locais próximos aos imó­veis de onde foram retirados.

Além disso, a população pas­sou a descartar móveis, eletro­domésticos e outros objetos nas caçambas sociais, criadas a par­tir de um Termo de Ajustamen­to de Conduta (TAC) assinado pela prefeitura com o Ministério Público Estadual (MPE) que es­tabelecia a instalação de seis eco­pontos para descarte de entulho.

Em setembro do ano passa­do a atual administração muni­cipal licitou a instalação de seis ecopontos na cidade, que serão destinados à entrega voluntária de inservíveis e resíduos diversos pela população, como entulho, móveis velhos, pneus, madeiras, recicláveis e massa verde, por exemplo. A capacidade de arma­zenamento de cada um será de 19 metros cúbicos e a previsão da prefeitura é que eles comecem a funcionar até o final de julho.

Os ecopontos substituirão as caçambas sociais existentes e contarão com guarita coberta, pátio para colocação de caçam­bas e manobras de caminhões em piso intertravado, patamar para despejo de entulho nas caçambas, fechamento externo em gradil metálico e mureta de blocos de concreto aparente nas laterais e no fundo. Haverá, também, fechamento frontal em blocos de concreto aparen­tes e gradil metálico e acompa­nhamento de funcionário para orientar o descarte.

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