Tribuna Ribeirão
Política

Vereadores aprovam projeto de pesquisa

A Câmara de Vereadores aprovou, na sessão desta quin­ta-feira, 18 de outubro, o pro­jeto apresentado por Bertinho Scandiuzzi (PSDB) que obriga a prefeitura de Ribeirão Preto a elaborar e divulgar o nível de satisfação dos usuários da rede municipal de saúde. A propos­ta dispõe sobre a obrigatorie­dade do poder público dispo­nibilizar informações sobre o atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e agora segue para sanção do prefeito Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB), que pode vetá-la.

No caso específico, o projeto foi baseado nos preceitos da Lei Federal de Acesso à Informação (LAI) e determina a realização de pesquisa junto aos usuários das unidades do setor como forma de avaliar a qualidade dos serviços prestados pelo município no âmbito do SUS. Também prevê que o acesso aos dados deverá ser franquea­do mediante procedimentos ob­jetivos e ágeis, de forma trans­parente, clara e em linguagem de fácil compreensão.

Entre os itens que devem ser incluídos na divulgação está a adequação da estrutura física e equipamentos, o índice de satisfação quanto ao atendi­mento dos profissionais, seja corpo clínico ou não, o tempo de demora para o agendamen­to de consultas, o fornecimen­to de medicamentos e como os usuários avaliam as visitas domiciliares dos agentes co­munitários de saúde. De acor­do com o projeto de lei, caberá ao Executivo definir como será realizado este levantamento.

A Lei de Acesso a Infor­mação entrou em vigor em 16 de maio de 2012 e criou mecanismos que possibili­tam, a qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, o rece­bimento de informações dos órgãos e entidades. Vale para os três Poderes da União, Es­tados, Distrito Federal e Muni­cípios, inclusive aos Tribunais de Conta e Ministério Público. Entidades privadas sem fins lu­crativos também são obrigadas a dar publicidade a informa­ções referentes ao recebimento e à destinação dos recursos pú­blicos por elas recebidos.

Ouvidoria
De janeiro a agosto deste ano, a Ouvidoria da Secretaria Municipal da Saúde recebeu, em média, onze reclamações por dia, a maioria relacionadas à demora no agendamento de consultas em especialidades, exames e cirurgias. O total de queixas registrado, neste perí­odo, totalizou 1.812 casos.

O primeiro lugar no ranking ficou para a demora no agendamento (571 recla­mações, 31,5% do total). Em segundo lugar ficou a falta de atendimento no tele-agen­damento de consultas (264, percentual de 15%). A média diária das reclamações foi feita considerando apenas os dias úteis, já que a Ouvidoria da Saúde funciona de segunda a sexta-feira, das nove às 15 ho­ras, pelo telefone: 3977-9436 ou pelo e-mail: contato.ouvi­doria@saúde.pmrp.com.br.

As principais reclamações
(De janeiro a agosto)
Agendamento de consultas em especialidades, exames e cirurgias: 571 ou 31,5%
Falta de atendimento no tele-agen­damento: 264 ou 15%
Mau atendimento: 210 ou 12%
Não consegue agendar consultas: 130 ou 7%
Falta de médicos: 46 ou 3%
Demora nas respostas: 32 ou 2%
Outros: 559 ou 30%
Total: 1.812 ou 100%

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