O vereador e presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Câmara, Marcos Papa (Rede), cobra da prefeitura de Ribeirão Preto a elevação do índice de coleta seletiva na cidade. Além de requerimento requisitando a ampliação, ele também se reuniu com a Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU) para discutir o assunto. Levantamento feito pelo Tribuna junto à administração municipal revela que cada um dos 694.534 moradores de Ribeirão Preto produz, em média, todos os dias, 800 gramas de lixo.
Isso significa que são recolhidos na cidade 543.240 quilos de resíduos por dia. Deste total, apenas 0,26% é feito através da coleta seletiva. Ou seja, 1.412 quilos por dia e 42.372 quilos por mês. De acordo com a Coordenadoria Limpeza Urbana, responsável pelo gerenciamento da coleta de lixo na cidade, a partir deste mês 129 bairros de Ribeirão Preto serão atendidos pelo novo contrato firmado pela prefeitura. Também serão criados mais 20 pontos de coleta.
“A expansão anunciada é louvável, considerando que o atendimento nos bairros até então era irrisório, porém, precisamos realizar coleta seletiva no município inteiro. Estamos questionando a CLU se há previsão para que todos os bairros sejam atendidos. Também queremos saber quais os critérios para coleta seletiva pontual”, frisa o parlamentar. Segundo a CLU, também serão criados, ainda neste ano, dois ecopontos, principalmente para destinação de resíduos de construção civil. Um deles será na avenida Monteiro Lobato com a rua Jorge de Lima, na Vila Virgínia, na Zona Oeste, e o outro na rua Coronel Américo Batista com a avenida Octávio Golfeto, no jardim José Sampaio Júnior, na Zona Norte.
O depósito clandestino de entulhos em Ribeirão Preto não é algo recente e nem parece próximo do fim. Em 2014, para tentar acabar com esta irregularidade, a administração municipal da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido) criou o programa “Caçambas Sociais”, que consistia na instalação destes equipamentos em varias regiões da cidade para que a população fizesse o descarte de entulhos. A iniciativa, contudo, não resolveu o problema por vários motivos, entre eles o fato de que em vários locais as caçambas não suportaram a grande demanda, o que acabou criando verdadeiros lixões no entorno delas. Atualmente, a empresa responsável pela coleta de lixo na cidade é a Estre Ambiental, que venceu a licitação finalizada em maio do ano passado com a proposta de R$ 63,9 milhões.