O vereador Alessandro Maraca (MDB) afirmou ao Tribuna que a recuperação e o futuro do Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto devem passar pela implantação de uma parceria público-privada. Segundo ele, é importante pensar o espaço com o viés da PPP, já que o local que está em grande parte degradado.
Criado em 1973 pela Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp), durante mais de três décadas foi o recinto da Feira Agropecuária da Alta Mogiana (Feapam). Com 230 mil metros quadrados, além de sua vasta infraestrutura que incluía um pavilhão coberto, o local dispunha ainda de pistas para desfile e exposição de gado e equinos, inúmeros galpões destinados a abrigar restaurantes, baias e banheiros em alvenaria, entre outras benfeitorias.
Degradado desde que deixou de abrigar a Feapam, o local se transformou, na última década, em uma espécie de “patinho feio” que perdeu sua finalidade e, sazonalmente, reaparece no cenário para abrigar grandes eventos musicais, como o João Rock e o Ribeirão Rodeio Music. Também já teve o Kartódromo Antônio de Castro Prado Neto, inaugurado na gestão do prefeito Luiz Roberto Jábali (1944-2011), que governou a cidade entre 1997 e 2000, pelo PSDB.
Segundo Alessandro Maraca, em 2019 um consórcio de empresas planejava investir R$ 50 milhões para construção de uma pista de corrida de automóveis Nascar, um centro de convenções e um hotel de três andares no local. “Levamos o projeto para o secretário municipal de Inovação e Desenvolvimento, na época o Eduardo Molina”, diz o vereador.
“A prefeitura exigiu que eles fizessem um estudo de viabilidade técnica no valor de R$ 2 milhões, mas como não tinham garantia de recuperar os investimentos, desistiram”, afirma Maraca. Procurada para falar sobre o assunto, a prefeitura informa, por meio de nota, que em relação a projetos e as parcerias, no momento está sendo finalizada a regularização da área.
Também está promovendo a aglutinação das matrículas de todos os terrenos que compõem o Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto. “Assim que tudo estiver feito será definida a destinação ideal para a área”, diz o texto. A prefeitura informa ainda que a fiscalização da área e feita pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), que realiza rondas e patrulhamentos frequentes no local.