Tribuna Ribeirão
Política

Vereador garante que exploração é irregular

ALFREDO RISK/ARQUIVO TRIBUNA

O vereador Marcos Papa (Rede) protocolou na sema­na passada, na Promotoria da Cidadania e do Patrimônio Público de Ribeirão Preto, ofí­cio em que pede agilidade na análise da representação im­petrada contra a prefeitura. Em dezembro do ano passado, ele acionou o Ministério Pú­blico Estadual (MPE) devido à existência do que considera “comércio ilegal em terminais de ônibus”, principalmente no Doutora Maria Evangelina Carvalho Passig, localizado ao lado do Terminal Rodoviário, na região central da cidade.

Para Marcos Papa, há indí­cios de prevaricação por parte da atual administração, uma vez que, apesar da ordem de desocupação dada pela Secre­taria Municipal da Adminis­tração ter vencido em maio do ano passado, as lanchonetes continuam a ser exploradas pelo Consórcio PróUrbano. O vereador presidiu a Comis­são Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte na Câma­ra e defende que a exploração seja definida por meio de licita­ção 0ue os recursos sejam con­tabilizados a fim de baratearem o valor da tarifa de ônibus.

Para Marcos Papa, a pre­feitura precisa cobrar os alu­gueis retroativos do Consórcio PróUrbano, desde o dia em que os terminais foram ocupados. Na representação protocolada na época, ele pede a abertura de inquérito civil e, se houver necessidade, o ajuizamento de uma ação civil pública.

No oficio, Papa argumenta que apesar de a cláusula ter­ceira do contrato de concessão do transporte coletivo urbano permitir a contratação pela con­cessionária de terceiros para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou comple­mentares ao serviço, a explora­ção econômica de área pública, como sereia este caso, exige lici­tação, tornando a cláusula auto­rizadora do contrato nula.

“A mera autorização precária para a concessionária escolher quem poderá explorar econo­micamente as lanchonetes em espaços públicos fere os mais ca­ros princípios da administração pública”, diz o texto que termina reiterando a necessidade urgen­te de licitação do espaço público utilizado para exploração eco­nômica, independente de auto­rização contratual.

De acordo com o promotor Sebastião Sergio da Silveira, o Ministério Público tem tra­balhado para resolver os pro­blemas do transporte coletivo de Ribeirão Preto. Para isso já impetrou medidas judiciais cobrando soluções. A primeira para que o Consórcio PróUr­bano faça todas as obras previs­tas no contrato de concessão. A segunda pedindo a suspensão dos reajustes da tarifa se as des­pesas acessórias não forem in­cluídas nos cálculos.

Sobre o oficio, o promotor afirmou que ainda não teve acesso ao documento, mas que irá analisá-lo. Destacou, porém, que para decidir sobre as can­tinas precisa que a prefeitura responda se, apesar de estarem em locais públicos, se a admi­nistração é particular e prevista no contrato de concessão. De­pendendo da resposta ao ques­tionamento, serão tomadas as medidas cabíveis. “Outro pro­blema que a prefeitura precisa resolver é receber oficialmente aquela obra – do terminal – do Consórcio PróUrbano. Sem isso todo o processo para re­solver possíveis problemas fica dificultado”, afirma.

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