Tribuna Ribeirão
Política

Vereador é alvo de pedido de cassação

ALFREDO RISK

Uma servidora munici­pal que atua na área da saú­de protocolou, na Câmara de Vereadores, na segunda-fei­ra, 30 de setembro, pedido de cassação do mandato de Ro­drigo Simões (PDT), reeleito em outubro de 2016 com 3.189 votos. No documento, ela acusa o parlamentar de abuso de autoridade e calúnia.

Segundo o pedido da fun­cionária pública, Rodrigo Simões teria afirmado, por meio do aplicativo de men­sagens WhatsApp, que ela não cumpria a carga horária de trabalho total na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ma­moro Kobayashi, no distrito de Bonfim Paulista, na Zona Sul. Atualmente ela está lotada no Núcleo de Gestão Assistêncial (NGA), o popular “Posto da Rua Minas”, nos Campos Elí­seos, na Zona Norte.

As mensagens que a servi­dora afirma ser do parlamen­tar foram anexadas no pedi­do de cassação. “O vereador Rodrigo Simões, o faz, trans­parecendo dolo, salvo melhor juízo, de quem quer atingir o seio de minha família, ao passo em que afirma sermos pessoas ímprobas e mentiro­sas, sendo dirigida especifica­mente a mim a pecha de ‘ser­vidora que não cumpre carga horária’”, justifica a mulher.

No pedido de cassação ela afirma ainda que foi transferi­da da unidade onde prestava serviços por conta de pressão política. “Ressalto que, hoje, estou em tratamento médi­co, psicológico e psiquiátrico pela grave depressão a qual me encontro, devido a toda a pressão sofrida durante este processo nefasto, que afetou de sobremaneira minha vida pessoal, profissional, assim como a de minha família”.

“Assim sendo, encaminho este requerimento, a fim de pedir a cassação de mandato do vereador Rodrigo Simões (PDT), por ato improbo e quebra de decoro parlamen­tar, ao fazer ilações e afirma­ções caluniosas, pela prática de difamação, injúria e ame­aça, pelo manifesto abuso de poder e pela má fé, pela expo­sição de uma servidora hon­rada e que jamais lesionou o serviço público, que tem re­conhecimento público e que possui excelente avaliação e conduta, dignas da qualida­de dos servidores públicos”, finaliza o texto.

O pedido de cassação está na Coordenadoria Jurídica da Câmara, que irá analisar sua admissibilidade e encaminhá­-lo para a Mesa Diretora do Legislativo. Se for considera­do juridicamente válido, será encaminhado para o Conse­lho de Ética. Rodrigo Simões informou ao Tribuna que “não conhece a servidora e que úni­ca informação que tem é que ela não cumpria a carga horá­ria”. Diz também que o marido da servidora é pré-candidato a vereador e está querendo “15 minutos de fama”.

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