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Verba do Hemocentro deve dobrar

O primeiro caso da variante Delta do novo coronavírus na região foi diagnosticado pelo Hemocentro em uma moradora de Serrana

O Hemocentro de Ribeirão Preto terá um reajuste de 103,5% nas verbas anuais, passando de R$ 7.727.576 para mais de R$ 15 milhões, segundo o Orçamento do Estado, aprovado na noite de quarta-feira, 15 de dezem­bro, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Porém, para ter validade ainda depen­de da sanção do governador João Doria (PSDB).

O deputado Rafael Silva (PSB) levou o assunto pessoal­mente ao relator do projeto de lei orçamentária do Estado de São Paulo, deputado Adalber­to Freitas (PSL), que recebeu o pedido formal em diálogo no plenário, seguido por pronun­ciamento no último dia 24 de novembro e depois confirmado por meio de ofício.

Com a emenda de suple­mentação apresentada pelo deputado ribeirão-pretano, o orçamento do Hemocentro em 2022 deve ser de R$ 15.727.576. Em 13 de outubro, após pressão da Frente Parlamentar da Alesp criada e coordenada por Rafael Silva, o governo publicou o de­creto 66.125, destinando R$ 5 milhões para auxiliar momenta­neamente o hemonúcleo.

A Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto atravessa gra­ve crise financeira. A instituição atende pacientes em 249 muni­cípios, um terço das 645 cidades paulistas. Faz coleta e transfusão de sangue, além de pesquisa para cura de doenças como o câncer. O aporte de R$ 5 milhões ocor­reu após a divulgação de que a rede reduziu o horário do aten­dimento por causa de um déficit de quase R$ 9 milhões.

O Hemocentro atende uma população de sete milhões de pessoas e tem um déficit orça­mentário da instituição de R$ 8,8 milhões, segundo dados di­vulgados em outubro por Dimas Tadeu Covas, diretor-presidente da rede, em reunião com depu­tados da Frente Parlamentar.

Em Ribeirão Preto, o He­mocentro, ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP), é comandado pelo hematologista Rodrigo Calado. O crédito su­plementar foi confirmado por meio de publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).

Faz parte de um total de R$ 35 milhões anunciados pelo governo João Doria (PSDB) em setembro ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. A Rede Hemocentro atende pa­cientes de 249 cidades, com dez unidades instaladas em Araça­tuba, Batatais, Bebedouro, Fer­nandópolis, Franca, Olímpia, Presidente Prudente, Taubaté, Ribeirão Preto (com duas uni­dades) e, ainda, uma agência transfusional em Jales.

Por conta da falta de recur­sos financeiros, desde o dia 1º de julho as unidades passaram a funcionar com equipe e horário reduzidos para coleta de sangue e atendimento a pacientes. A rede conta com 490 profissio­nais e realiza 103 mil transfusões por ano, que beneficiam cerca de 30 mil pacientes.

Nesse período, são mais de 105 mil doações de sangue, que geram a produção e a dis­tribuição de aproximadamente 280 mil hemocomponentes, para os quais são realizados mais de dois milhões de exa­mes laboratoriais (sorológicos, imuno-hematológicos e NAT).

Fazem parte da Rede He­mocentro de Ribeirão Preto os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) de Araçatuba, Franca, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Taubaté. Parte das cidades dos DRS’s de Ara­raquara, Barretos e São José do Rio Preto também recebem material da rede.

Rafael Silva apurou que, com o atendimento limitado, houve redução no número de doações e no estoque de sangue. Antes, a média de coleta por mês era de 8.500 bolsas em todas as unida­des. Em julho, caiu para 7.008. Em agosto foram 7.419 bolsas. Ou seja, de 17.000 bolsas pre­vistas para os dois meses, houve coleta de 14.427, resultando em 2.573 bolsas a menos.

Segundo Dimas Tadeu Co­vas, “desde 2010, não há reajus­te por parte do governo federal, pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS)”. “Também pelo Estado, tivemos uma redução, ao longo dos anos, de 9% para 4% da verba que vem pelo Hos­pital das Clínicas, o que significa perto de R$ 9 milhões a menos. O Hemocentro é fundamental para milhares de pessoas”, diz.

Rafael Silva vinha alertando para o risco da falta de sangue. “Ninguém sabe quem será a próxima pessoa que precisará de uma doação. Todos os serviços do Hemocentro são fundamen­tais para a região de Ribeirão Preto e para a população de to­das as cidades beneficiadas”, dis­se ainda em 2019.

“Só quem precisou de san­gue e teve sua vida salva, ou a vida de um filho, de um familiar, sabe o valor dessa luta em favor do Hemocentro. Agora, depois de muito trabalho, conseguimos trazer essa notícia maravilhosa, importante para toda a nossa população”, destaca o deputado.

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