A pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos em fevereiro com os resultados obtidos em janeiro deste ano. Foram consultadas 95 imobiliárias que atuam em 23 cidades da região metropolitana.
A pesquisa envolve Ribeirão Preto, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luiz Antônio, Mococa, Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras, Pradópolis, Sales Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serrana, Sertãozinho e Tambaú.
Todas essas cidades ficam na região metropolitana, composta por 34 municípios. As vendas recuaram pelo segundo mês seguido, mas desaceleraram de queda de 27,32% em janeiro para retração de 3,91% em fevereiro – acumula baixa de 31,23% no primeiro bimestre. Terminou 2024 com quatro altas seguidas em setembro (80,8%), outubro (65,9%), novembro (41,3%) e dezembro (6,1%).
Antes foram três quedas consecutivas em agosto (56,2%), junho (8,6%) e em julho (33,7%) – subiu 6,3% em maio, caiu 50% em abril, avançou 48,57% em março e 6,50% em fevereiro e recuou 20,56% em janeiro. Fechou 2024 com alta acumulada de 86,41%, ante 80,31% até novembro. Encerrou 2023 em elevação de 0,91% em dezembro e de 100% em novembro.
O volume de novos contratos de locação assinados em fevereiro avançou 86,36%, após queda de 45,06% em janeiro. Acumula alta de 41,3% no primeiro bimestre. Avançou 23,9% em dezembro avançou 23,9%, após queda de 4,8% em novembro, ante alta de 65,3% em outubro, depois de disparar 320,8% em setembro – despencou 82,6% em agosto, avançou 0,7% em julho, 4,8% em junho e 325% em maio.
Caiu 90% em abril, 25% em março e 26,19% em fevereiro. Houve elevação de 5,0% em janeiro de 2024. O crescimento acumulado no ano passado foi de 516,91%, ante 493,01% até novembro, segundo o CreciSP. Encerrou 2023 em baixa de 87,34% em dezembro e crescimento de 295% em novembro.
“Os dados da evolução do mercado imobiliário na região de Ribeirão Preto em 2025 refletem um cenário desafiador para as vendas, mas com sinais positivos no setor de locações. Em janeiro e fevereiro, tivemos uma queda acumulada de 31,23% nas vendas, indicando a necessidade de estratégias para reaquecer o mercado e estimular a confiança dos compradores”, diz o presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto
“Por outro lado, o segmento de locação apresentou uma recuperação expressiva, saindo de uma retração de 45,06% em janeiro para um crescimento impressionante de 86,36% em fevereiro, resultando em um saldo acumulado positivo de 41,3% no ano”, emenda.
“Esses números demonstram que, mesmo diante das oscilações econômicas, a demanda por imóveis para locação segue aquecida, o que pode indicar um comportamento mais cauteloso dos consumidores em relação à aquisição de imóveis”, explana.
Segundo o CreciSP, as vendas de casas responderam por 58% dos negócios e os apartamentos ficaram com 42% do mercado em dezembro. Quando o assunto é aluguel, a preferência é por imóveis em edifícios verticais: 70,6%. Já 29,4% dos locatários preferem moradias térreas ou sobrados.
Os valores médios das casas e apartamentos vendidos ficaram acima de R$ 500 mil. A maioria era de dois dormitórios e área útil de até 200 metros quadrados. A maior parte dos apartamentos vendidos era de dois dormitórios e área útil de 50 m² até 100 m².
Segundo o CreciSP, 55,6% das propriedades vendidas em fevereiro estavam situadas na periferia, 17,8% nas regiões centrais e 26,7% nas áreas nobres.
Com relação às modalidades de venda, 53,2% foram financiadas pela caixa Econômica Federal, 17% por outros bancos, 10,6% diretamente pelos proprietários, 17% dos negócios foram fechados à vista e 2,1% por consórcios no período.
Locações – A faixa de preço de locação de preferência dos inquilinos de casas e apartamentos ficou em até R$ 1.000. A maioria das residências térreas ou sobrados era de dois dormitórios com 50 até 200 m² de área útil. A maioria dos apartamentos era de até um dormitório com até 50 m².
A principal garantia locatícia escolhida pelos locatários foi o fiador. Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na região nobre das cidades pesquisadas (26,3%), na região central (5,3%) e nos bairros da periferia (68,4%). Entre aqueles que encerraram os contratos de locação, 42,9% não informaram a razão da mudança, 28,6% optaram por aluguéis mais baratos, 28,6% para alugueis mais caros.