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Vendas no comércio caem 0,4% de outubro para novembro 

Resultado foi impactado pelo setor de móveis e eletrodomésticos 

Comportamento dos supermercados, que representam 53,2% do varejo nacional, representa uma acomodação após crescimentos recentes (Valter Campanato/Agência Brasil)

As vendas no comércio brasileiro recuaram 0,4% na passagem de outubro para novembro. O resultado foi impactado negativamente pelo setor de móveis e eletrodomésticos, mas é considerado dentro do patamar de estabilidade. Esse desempenho do comércio faz o setor deixar o ponto mais alto da série histórica, (iniciada em janeiro de 2000) atingido em outubro de 2024, quando tinha crescido 0,4% ante setembro. 

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

No acumulado dos 11 meses de 2024, o comércio varejista soma alta de 5% ante o mesmo período de 2023. Em 12 meses, o acúmulo positivo é 4,6% – 26º mês seguido de alta nesse tipo de comparação acumulada. Já na comparação com novembro de 2023, o setor cresceu 4,7%. 

O gerente da pesquisa Cristiano Santos, explica que a variação de 0,4% é considerada uma estabilidade e não rompe o comportamento do ano de alta nas vendas (+0,4%), sendo “bastante expressivo quando comparado a anos anteriores”. Ele lembra que de janeiro a maio de 2024, o comércio teve cinco meses seguidos de alta. 

Segmentos 

Na passagem de outubro para novembro, o IBGE apurou recuo de vendas em cinco das oito atividades pesquisadas. A maior influência de baixa veio de móveis e eletrodomésticos, que recuaram 2,8%. 

Cristino aponta que o resultado de móveis e eletrodomésticos em novembro não suprime o avanço de outubro, quando se expandiu 7,8%, reflexo de uma “antecipação de promoções relacionadas à Black Friday”. 

Outros segmentos com queda nas vendas foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-2,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%). 

Segundo Santos, o comportamento dos supermercados, que representam 53,2% do varejo nacional, representa uma acomodação após crescimentos recentes. “É o setor que mais se aproxima do seu valor máximo”, diz. A inflação dos alimentos também explica esse recuo de 0,1% perante o ponto mais alto, de outubro de 2024. 

No lado do crescimento de vendas figuram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), combustíveis e lubrificantes (1,5%) e tecidos, vestuário e calçados (1,4%). 

O chamado varejo ampliado, uma versão da pesquisa que inclui além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, as vendas caíram 1,8% na passagem de outubro para novembro. No ano, o acúmulo é positivo de 4,4% e, em 12 meses, 4%. 

 

 

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