As vendas do varejo ribeirão-pretano voltaram a crescer em julho, após três quedas consecutivas. Depois de registrar crescimento médio de 0,72% no acumulado do ano passado, em comparação com 2022, os negócios dispararam 7,3% em janeiro, desaceleraram a 3,1% em fevereiro, encerraram março com alta tímida de 1,5% e emplacaram a primeira queda do ano em abril, de 2%.
Depois recuaram 3,5% em maio e fecharam junho no vermelho, com déficit de 1%. Em julho, cresceram 1,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando a alta foi de 2%, aponta levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV). A recuperação é atribuída aos período de férias escolas e às “festas julinas”.
O CPV é mantido por Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP). “O período de férias escolares, temperaturas mais baixas (apesar de um inverno mais quente) e as festas ‘julinas’, contribuíram para a variação positiva no mês passado”, diz Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador da pesquisa.
“A recuperação só não foi maior porque importantes eixos comerciais ainda estão impactados pela implantação dos corredores de ônibus. Muitos clientes continuam evitando as regiões que recebem as obras. Atrair novamente a clientela que mudou o hábito de compra está sendo um grande desafio para o setor lojista”, explica,
Empregabilidade – Em julho, a variação entre vagas abertas e fechadas no Varejo ribeirão-pretano voltou a apresentar estabilidade. “É o segundo mês consecutivo nessa condição. Os empreendedores continuam cautelosos, mas já se preparam para as contratações de temporários de olho no fim do ano”, diz Galli.
Índice de Confiança – Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança Sincovarp/CDL de curto prazo (sempre olhando para os três meses seguintes) registrou média de 3,3 pontos, em julho (ante 3,0 pontos em junho), classificado como positivo. No índice de longo prazo (que olha para os doze meses seguintes), a média foi de 3,2 pontos, em julho (ante 2,8 pontos em junho), também positivo.
“Pode-se dizer que o atual momento está despertando mais otimismo entre os lojistas que acreditam em uma virada de cenário especialmente no longo prazo. A tendência é de que os empreendedores aproveitem, ao máximo, as datas sazonais que ainda restam no calendário varejista procurando fechar o ano ‘no azul’”, afirma o pesquisador.
Em termos macroeconômicos, segundo o pesquisador, “o impulso que está faltando vai depender do controle do preço dos combustíveis e da inflação, da redução da taxa de juros, da queda da inadimplência e do índice de endividamento das famílias”, emenda.