Após um “tombo” de 15,75% em maio, as vendas do varejo ribeirão-pretano tiveram recuperação média de 4,83% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao mês anterior, o crescimento foi de 2,83%. O levantamento é do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-RP).
“Um dos fatores que influenciaram nesse cenário foi a maior flexibilização das normas restritivas do Plano São Paulo, decorrentes do progresso da vacinação e, consequente, a diminuição do número de casos de Covid19. Aos poucos os consumidores estão voltando às compras”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
Emprego
Em junho de 2021 a tendência de estabilização do nível de emprego no Comércio, detectada pela pesquisa de maio, se confirmou totalmente. “É o primeiro passo para a reversão da curva de emprego que agora apresenta tendência positiva para os próximos meses, ainda mais no final do ano com a contratação dos trabalhadores temporários”, explica.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho serão divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia no final de julho. De acordo com a pasta, a economia de Ribeirão Preto fechou maio com saldo de 1.720 novas de emprego com carteira assinada (fruto de 8.869 admissões e 7.140 demissões), o 11º superávit seguido desde julho do ano passado.
O comércio fechou maio com saldo positivo de 443 postos de trabalho (2.235 contratações e 1.792 rescisões). No quinquemestre, contratou 10.828 e demitiu 10.456, superávit de 372. Nos últimos doze meses, o superávit é de 3.042 vagas, fruto de 25.999 admissões e 22.957 demissões.
O setor de serviços registrou 5.098 contratações e 4.047 rescisões, superávit de 1.051 empregos formais. No quinquemestre, contratou 24.978 e demitiu 21.981, saldo positivo de 2.997. Em doze meses, foram 54.565 contratações e 48.057 rescisões, superávit de 6.508 empregos formais.
Otimismo de volta
O CPV também perguntou aos lojistas qual seria a perspectiva de vendas para julho de 2021, levando em conta o cenário atual. A pesquisa projeta um aumento médio de 7,33% nas vendas deste mês. Medido desde dezembro de 2020, pelo CPV, o Índice de Confiança do Varejo (ICV) também revela uma retomada do otimismo em relação ao segundo semestre de 2021.
Em uma escala de 1 a 5, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o índice ficou em 3,5. “Em maio, o ICV constatou que quase metade dos lojistas estava pessimista, o viés era de baixa. Agora, o nível de confiança subiu um pouco com a perspectiva de fim de ano aquecido por uma grande demanda reprimida existente”, afirma o pesquisador.
E-commerce
A pesquisa também investigou as vendas online, em junho. Foi apurado que 33% dos lojistas não realizam vendas pela internet no período; 40% usaram pouco os canais online; 20% usaram razoavelmente; e apenas 7% concentraram a maior parte de suas vendas no E-commerce.