Tribuna Ribeirão
Economia

Vendas do comércio sobem 2,5% em RP

JF PIMENTA/ARQUIVO

Depois da queda de 0,55% em janeiro, que interrom­peu uma sequência de sete altas consecutivas, as ven­das nas lojas ribeirão-preta­nas registraram aumento de 2,5% em fevereiro na com­paração com o mesmo perí­odo do ano passado.

As informações são do levantamento realizado pelo Centro de Pesquisas do Vare­jo (CPV), mantido pelo Sin­dicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sinco­varp) – atende 43 cidades – e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP). Na com­paração com janeiro de 2022, a alta chega a 3,8%.

“É um bom resultado, ain­da mais se levarmos em con­ta que estamos nos primeiros meses do ano, período que costuma ser mais fraco para o varejo. Também é exata­mente nessa época que os consumidores têm uma série de despesas”, diz Diego Gali Alberto, pesquisador e coor­denador do CPV.

Ele cita uma lista de des­pesas como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Proprieda­de de Veículos Automotores (IPVA), matrícula dos filhos, parcelas das compras de fim de ano, entre outras contas a pagar. “É importante que as vendas mantenham ritmo de recuperação no comércio lo­cal”, analisa.

A projeção média de ven­das para março também é positiva, na ordem de 6,25%, reforçando o otimismo trazi­do pela recuperação de feve­reiro. O destaque negativo é a queda de -5% no índice de empregabilidade do varejo de Ribeirão Preto.

O cenário mudou devido à demissão dos trabalhado­res temporários e às incer­tezas macroeconômicas que levam o empresário a ajustar custos. O Ministério do Tra­balho e Previdência ainda não divulgou os números do Cadastro Geral de Emprega­dos e Desempregados (Ca­ged) de fevereiro.

Índice de Confiança
A pesquisa também per­guntou qual a expectativa dos lojistas para o futuro dos ne­gócios nos próximos três me­ses de 2022, ou seja, no curto prazo. Considerando uma es­cala de 1 a 5, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confian­ça Sincovarp/CDL ficou em 3,25, considerado positivo.

Sobre a expectativa de longo prazo, ou seja, conside­rando os próximos 12 meses e com base na mesma escala, o Índice de Confiança ficou em 3,5, também classificado como positivo. “Novamente a confiança de curto prazo se mostrou inferior aos níveis de confiança de longo pra­zo. A guerra na Ucrânia, por exemplo, é um dos fatores imediatos que contribuem para essa percepção por parte dos lojistas”, diz.

Diego Gali Alberto res­salta que “o conflito afeta o mundo todo, em especial o preço dos combustíveis cuja variação impacta em toda a cadeia produtiva. Espera-se um cessar fogo rápido para que o mundo respire alivia­do e volte a concentrar suas energias na recuperação so­cioeconômica pós-covid-19, até o final do ano”, finaliza.

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