Depois de quase três meses, a erupção mais longa da história do vulcão Cumbre Vieja chegou ao fim, que foi anunciado pelas autoridades locais no último dia 25, como uma espécie de presente de Natal para os moradores de La Palma, nas Ilhas Canárias, arquipélago espanhol a noroeste da África.
Pesquisadores divulgaram fotos do que encontraram ao chegarem à cratera já adormecida, registros fascinantes e curiosos de 85 dias de atividade – já que, oficialmente, eles consideram o dia 13 de dezembro como a data final da erupção -, a mais longa da história do vulcão.
Algumas áreas dentro da cratera apresentam pequenas manchas vermelhas, como se fossem o “sangue das artérias do vulcão”, como se referem os cientistas do Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan) às gotas de enxofre líquido.
Segundo os especialistas, esse fenômeno ocorre somente quando a temperatura está acima de (impressionantes) 190ºC. Nas imagens divulgadas pelo órgão, pode-se observar a característica cor amarela do enxofre no estado sólido.
Além disso, também foram encontrados cristais vulcânicos de enxofre, que se formam quando diferentes gases, como o dióxido de enxofre (SO2) e o sulfeto de hidrogênio (H2S), reagem entre si, depositando cristais de enxofre nativo puro em locais de desgaseificação conhecidos como fumarolas.
Vulcão Cumbre Vieja forçou a saída de 7 mil pessoas de suas casas
Durante sua atividade, o vulcão Cumbre Vieja expeliu rios de lava que engoliram parcialmente La Palma, causando a destruição de casas, edifícios, escolas, igrejas e plantações.
No total, sete mil pessoas foram levadas para abrigos, muitas das quais ainda não puderam voltar para suas casas em razão das estradas bloqueadas pelo magma solidificado ou pelo acúmulo de toneladas de cinzas.
Essa foi a primeira erupção em La Palma desde outubro de 1971, quando o vulcão Teneguía expeliu sua lava durante três semanas. O Cumbre Vieja, vulcão mais ativo das Ilhas Canárias, também entrou em erupção em 1585, 1646, 1677, 1712, 1949 e 1971.
Via Olhardigital