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Veículo leve sobre trilhos

No final da década de 80, início da de 90, do século passado, em diversas reuniões em meu escritório ou em seu gabinete na sede da Prefeitura Municipal, eu e o saudoso ex vice-prefeito Dr. Faustino Jarruche, iniciamos o estudo de um projeto de aproveitamento de nossas vias férreas sucateadas e abandonadas, inclusive no perímetro urbano de Ribeirão Preto e municípios vicinais, hoje alguns conurbados pertencendo à nossa recente criada Região Metropolitana, para que fosse desenvolvido um VLT – veículo leve sobre trilhos utilizando nossas ferrovias e porque não nossas estações como a do “Barracão” todas abandonadas.

Infelizmente o projeto não “vingou”, alias como muitos projetos “inteligentes”, auto aplicáveis, ambientalmente corretos e tudo mais…

O que temos hoje? Avenidas como a nossa avenida “Rio Pardo”, totalmente deterioradas, invadidas por favelas e coisas e tais; Antigas estações ou o escombro que delas restou, particularmente as da Mogiana, quando não destruídas pelos constantes furtos são invadidas por usuários de drogas e moradores de rua que as transformam em verdadeiro receptáculo de tudo o que a sociedade não aprova.

Nossa população está crescendo quase que exponencialmente; O número de veículos automotores também assim o faz, no entanto as nossas ruas e avenidas e porque não até o poder público, não estão preparados para isto. Não podemos nos esquecer das péssimas condições dos leitos carroçáveis de nosso município…

Acredito que boa parte da população de Ribeirão Preto e de Araraquara lembre-se dos famosos trólebus – ônibus elétricos que trafegavam por nossas ruas e avenidas criando muita vez confusões no trânsito. São veículos de grande duração, baixo consumo e para mim que sou ambientalista, não poluentes, além de gerarem conforto ao usuário. Caso aproveitássemos os corredores onde estão as sucateadas vias férreas, melhorando a qualidade urbanística, bem como a rótula de estradas que servem de um anel viário, principalmente no tronco sul de Ribeirão Preto, local de grande expansão urbana, estaríamos de acordo com uma série de normas morais e legais que nos permitiriam progredir sem perder as verbas do Estado que, por queda da pontuação do chamado MUNICÍPIO VERDE E AZUL que envolve desde o saneamento básico até a qualidade da água e do ar nos deixou à mingua neste segmento.

Acredito que possamos reiniciar esta sucessão de projetos, o que permitirá uma melhor qualidade de vida aos munícipes de nossa Região Metropolitana, como também fará com que a população, principalmente aquela que depende do transporte coletivo adquira uma auto-estima.

Com a palavra as atuais administrações municipais, após uma boa reflexão.

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