Quando as terras fluminenses e paulistas do Vale do Paraíba começaram a se esgotar, os fazendeiros de café iniciaram uma migração para o oeste, região de Campinas e depois defletiram para a direita, em busca do nordeste do Estado. Foram avançando lenta e constantemente até chegarem às férteis terras vermelhas da região de Ribeirão Preto. Não havia estradas, moravam aqui alguns indígenas caiapós e o acesso era feito a cavalo, mais precisamente em lombo de mula, mais indicada para a longa marcha.
Neste longínquo rincão paulista, fundou-se em 1856 um pequeno povoado que depois se tornaria nossa cidade atual. Já no finalzinho do século XIX e começo do XX, Ribeirão Preto despontava como o maior produtor de café do país e a rubiácea o único produto relevante da exportação brasileira. O café era transportado até o porto de Santos pela recém fundada Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e o resultado das vendas externas engordava as burras dos senhores do café, transformando o fértil vale do rio Mogi no centro econômico e político do país.
Pois foi nesta região privilegiada que, no começo do século XX, aportou Antônio Diederichsen. Paulistano, filho de alemães ,Antonio foi logo cedo enviado para a Alemanha onde fez todos os seus estudos e retornou Engenheiro Agrônomo. Seu primeiro emprego e grande desafio seria recuperar fazenda de familiar, em Batatais, o que foi feito rápida e eficazmente, rendendo um bom pecúlio para o jovem.
Com sua vasta vivência e formação europeias, Antônio logo percebe o potencial da nossa região e, em 20 de outubro de 1903, há 116 anos portanto, lança as bases do que viria a ser hoje o Grupo Santa Emília.
Trabalhador inveterado, dedicado na busca de suas metas, participando diretamente na condução de seus negócios, Antônio logo vai solidificando seus investimentos.
Em 1910, chega a Ribeirão Preto o jovem Manoel Penna. Natural de Areias, no Vale do Paraíba, vem em busca do novo Eldorado do café.Com dinheiro para um mês, o único que tinha, Penna chega a nossa cidade e visita Antônio procurando emprego. O começo é humilde, varre a loja, arruma o balcão de vendas. Logo se torna vendedor ( balconista, como se chamava há época ) e gerente da loja. Antônio observa com atenção o jovem colaborador, que transforma em sócio.
Bastante doente, em 1955 Antonio vende sua parte a Penna, que se torna titular da empresa.
A dupla Diederichsen- Penna se complementa: Antônio gosta da indústria, Manoel do comércio. Juntos desenvolvem uma fundição de ferro, onde se produzem as primeiras moendas de cana de açúcar da região, uma fábrica de parafusos e uma serralheira, ao lado da divisão comercial que transforma a empresa na primeira loja de departamentos da cidade. Ali são apresentadas grandes novidades, como as primeiras geladeiras e eletrodomésticos a serem oferecidas ao mercado, bem como, em 1926, avenda dos primeiros carros da cidade, vocação atual do Grupo.
Diferentes em suas preferências empresariais, compartilham entretanto de valores comuns :respeito ao cliente, satisfazendo suas necessidades; valorização da equipe interna, o maior acervo da empresa;a busca de se antecipar aos desejos do mercado, modernizando-se sempre.
Estes valores continuam moldando nosso Grupo até hoje, o que nos permite enfrentar novos obstáculos e dificuldades. Olhamos para os nossos dois fundadores com orgulho, mantemos seus ensinamentos, preparamo-nos para os desafios tecnológicos que se aproximam.Temos a certeza de que o futuro continuará sendo desafiador, mas nos trará sucesso.Toda nossa equipe está coesa e preparada para enfrentá-lo.