A Secretaria Municipal da Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, informa que a confirmação da circulação da variante Delta (B.1.617.2) do Sars-CoV-2 em Ribeirão Preto é classificada com preocupação. Oito pessoas foram diagnosticadas com a cepa indiana do novo coronavírus, segundo dados do Hemocentro e do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – ambos ligados à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMRP/USP).
Por isso, a pasta alerta a população para que mantenha as regras de segurança sanitária. A secretaria esclarece ainda que foi associado a esta variante o aumento do contágio nos locais de transmissão comunitária, e alerta a população para a importância do cumprimento rigoroso das orientações quanto às medidas protetivas, que demonstraram elevada efetividade na redução do risco de transmissão do novo coronavírus.
As pessoas devem obedecer às regras de distanciamento social, evitar aglomerações, usar máscaras que cubram nariz e boca e lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um desinfetante à base de álcool ou álcool em gel. Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo. Evite tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
Também deve ser evitado contato próximo com pessoas doentes. Além disso, o munícipe deve cumprir a recomendação de quarentena, ou seja, permanecer em casa pelo período de isolamento de dez dias nos casos de suspeita ou confirmação de covid-19, e 14 dias para aqueles que tiveram contato com o suspeito ou confirmado de coronavírus. Deve limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência e manter o ambiente limpo e arejado.
Os oito pacientes diagnosticados com a variante Delta são três homens e cinco mulheres, com idade de 26 a 90 anos, que foram diagnosticados com covid-19 na segunda semana de agosto. Eles tiveram sintomas como febre e dores de cabeça e no corpo. Nenhum precisou ser internado. Ainda de acordo com os pesquisadores, apenas os pacientes de 64 e 90 anos tinham completado o esquema vacinal. Os outros seis já tinham recebido a primeira dose, mas ainda aguardam a aplicação da segunda.
A transmissão pela variante Delta em Ribeirão Preto já é considerada comunitária. As amostras examinadas foram escolhidas aleatoriamente, segundo os pesquisadores. Segundo o diretor do Hemocentro, o sequenciamento genético ainda foi realizado no material coletado de outras 22 pessoas, totalizando 30 moradores. Porém, a suspeita de Delta foi descartada. Mesmo assim, dentro deste universo, o total de casos confirmados da nova cepa representa 26,7%.
A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde fez contato com familiares e com pessoas do convívio de sete pacientes para investigar se houve novas infecções e a possibilidade delas terem contraído a doença pela variante indiana. Casos foram confirmados entre familiares, mas ainda não se sabe se também são da cepa Delta. Nos trabalhos dos infectados, não houve relatos de casos positivos.
“A família que nós temos o maior número de casos nós temos o relato de que as famílias se encontraram muito frequentemente. Essa é uma informação importante. Aquelas famílias que se encontravam muito, também tiveram o maior número de pessoas acometidas”, diz Luzia Márcia Romagnoli Passos.
Os oito pacientes detectados com a cepa indiana têm 26, 33, 40, 41, 48, 50, 64 e 90 anos. Segundo os médicos, essas pessoas não saíram de Ribeirão Preto antes de serem infectados, indicando que os casos são autóctones. Todos tiveram sintomas como febre e dores de cabeça e no corpo, e não precisaram ser internados.