Os dois setores mais fortes da economia ribeirão-pretana, varejo e serviços, fecharam o ano passado com taxa de crescimento tímida. O comércio varejista brasileiro encerrou 2019 com alta de 1,8% no volume de vendas, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ano passado foi o terceiro consecutivo em que o varejo teve alta. No entanto, apresentou resultado inferior aos de 2018 (alta de 2,3%) e 2017 (2,1%). Sete das oito atividades do varejo encerraram 2019 com alta. A exceção ficou com o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, que recuou 20,7% em relação ao ano anterior. Entre as atividades em alta, destacam-se artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (6%) e móveis e eletrodomésticos (3,6%).
Também tiveram crescimento equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,8%), combustíveis e lubrificantes (0,6%), supermercados, alimentos, bebidas e fumo (0,4%), tecidos, vestuário e calçados (0,1%). Considerando-se o varejo ampliado, que também inclui comércio de veículos e materiais de construção, 2019 registrou alta mais expressiva (3,9%) devido aos avanços de 10% no segmento de veículos, motos, partes e peças e de 4,3% nos materiais de construção.
Em relação à receita nominal, o varejo teve expansão de 5%. O varejo ampliado encerrou 2019 com receita 6,4% maior. Na passagem de novembro para dezembro, o comércio varejista teve queda de 0,1% no volume de vendas e alta de 0,6% na receita nominal. Já o varejo ampliado apresentou queda de 0,8% no volume de vendas e manteve sua receita estável. Na comparação com dezembro de 2018, o varejo teve altas de 2,6% no volume e de 6,6% na receita. O varejo ampliado, por sua vez, anotou crescimentos de 4,1% no volume e de 7,2% na receita.
Serviços
O volume do setor de serviços fechou 2019 com uma alta de 1%. Apesar de baixa, essa é a primeira alta do setor desde 2014, já que o segmento registrou quedas consecutivas entre 2015 e 2017 (acumulando perda de 11%) e fechou com estabilidade em 2018. A receita nominal teve crescimento de 4,5%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira, 13 de fevereiro. “Essa alta é importante, mas ainda está longe de alcançar o melhor resultado no setor de serviços”, avalia o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Os principais responsáveis pelo crescimento foram os serviços de informática e comunicação, que tiveram avanço de 3,3%, puxado pelo bom desempenho das atividades de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet, pelo desenvolvimento e licenciamento de softwares e pela consultoria em tecnologia da informação. O segmento de outros serviços teve a maior alta (5,8%) e o segundo principal impacto no setor de serviços como um todo, puxado pelas atividades de corretoras de títulos e valores mobiliários.
Também tiveram alta os serviços prestados à família (2,6%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%). O único segmento com queda foi o de serviços de transportes, auxiliares de transporte e correios (-2,5%). Em dezembro, o setor de serviços teve queda de 0,4% no volume e alta de 0,3% na receita nominal, em relação a novembro. Já na comparação com dezembro de 2018, foram observadas altas de 1,6% no volume e de 4,5% na receita nominal.