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Varejo de RP cresce 0,72% em 2023 

“ O ano terminou com crescimento tímido no Natal, apenas 1%, abaixo das melhores expectativas”, recapitula o pesquisador Diego Galli Alberto (Divulgação)

As vendas do varejo ribeirão-pretano cresceram, em média, 0,72% no acumulado do ano passado, em comparação com 2022, aponta levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) – atende 43 cidades – e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP).  
 
Apesar de levemente positivo, o resultado está bem abaixo do desempenho do período anterior, quando houve alta média de 5,01% na comparação com 2021, quando o crescimento foi de 0,14% na comparação com 2020. No primeiro semestre de 2023, os melhores desempenhos de vendas foram os de abril (+6,2%) e maio (+5,5%), impulsionados principalmente pelo Dia das Mães e pelo período que compreende as semanas anteriores à Agrishow, além dos próprios dias da feira, que no ano passado bateu recorde de visitantes.  
 
Aa cidade fica literalmente lotada, beneficiando diretamente o comércio e a prestação de serviços de Ribeirão Preto e região. Em março, a variação positiva tem como base o crescimento da semana do Dia do Cliente oiudo Consumidor (15), que, ano a ano, vem ganhando a adesão de mais comerciantes e consumidores. 
 
O Dia dos Namorados, em junho, foi fraco. Em julho, as férias escolares e o frio ajudaram, mas, em agosto, o Dia dos Pais deixou a desejar. Aí tivemos uma sequência de variações negativas em setembro, outubro e novembro, com uma Black Friday decepcionante. O ano terminou com crescimento tímido no Natal, apenas 1%, abaixo das melhores expectativas”, recapitula Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV. 
 
As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto voltaram a crescer em dezembro, principalmente devido ao Natal e à injeção de recursos com o pagamento do décimo terceiro salário. Alta foi de 3% em relação ao mesmo período de 2022 e de 6,5% na comparação com novembro, quando houve queda de 2,5%, apesar da Black Friday.  
 
A única queda havia sido em janeiro (-6,88%). As vendas cresceram 5,8% em fevereiro, voltaram a registrar alta de 5% em março, repetiu o desempenho em abril, avançou 6,2% em maio e 3,21% em junho. Subiu 2% em julho, 2,6% em agosto, 1,5% em setembro e 6,5% em outubro. 
 
Pandemia Segundo o pesquisador, “a pandemia atingiu fortemente o varejo brasileiro, em 2020 e 2021. Em 2022, por conta de uma grande demanda reprimida, vimos uma recuperação significativa das vendas, porém, isso não foi o suficiente para sustentar o ritmo em 2023. O desempenho atual mostra que a recuperação apresentou viés de estagnação e assim o ano passado não foi dos melhores para o setor lojista, em especial, para o comércio tradicional e grandes varejistas do país”. 
 
Ainda de acordo com Galli, no aspecto macroeconômico os altos índices de endividamento e de inadimplência, somados às oscilações da economia brasileira, também impactaram diretamente nas vendas. Outro fator de impacto no desempenho das vendas, foram as obras de mobilidade no centro de Ribeirão Preto, avenida Nove de Julho e em outros corredores comerciais afetados. 
 
O cenário melhora um pouco mais, no varejo de Ribeirão Preto, quando o critério de apuração é a comparação das vendas do mês pesquisado com as do mês anterior, dentro de 2023. Aí o desempenho acaba tendo um aumento médio de 3% no acumulado de doze meses. O percentual de variação entre vagas abertas e fechadas no mercado de trabalho varejista foi positivo em 2,48%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. 
 
Índice de Confiança Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança Sincovarp/CDL de curto prazo (sempre olhando para os três meses seguintes) registrou média de 3,2 pontos, no acumulado de 2023, classificado como positivo. O índice de longo prazo (que olha para os doze meses seguintes), registrou média de 3,5 pontos, também classificado como positivo. 
 
“Os empreendedores entraram em 2024 menos pessimistas muito porque, apesar de 2023 ter sido um ano apenas razoável, o desempenho de vendas foi positivo. E, também, porque nesse último semestre houve uma redução interessante da taxa de juros, com tendência de novos cortes, e a inflação recuou um pouco. Trata-se de uma combinação de fatores que pode estimular o consumo caso o governo não faça nada que prejudique isso”, diz Galli. 
 

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