A Conmebol divulgou nesta quinta-feira o diálogo entre o árbitro chileno Roberto Tobar e a cabine do VAR durante a partida entre Boca Juniors e Santos, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, que terminou empatada sem gols, pela rodada de ida das semifinais da Copa Libertadores. Aos 29 minutos do segundo tempo, Marinho recebeu na área, levou uma trombada de Izquierdoz e reclamou de pênalti. Tobar, porém, nem sequer foi chamado pelo árbitro de vídeo Juan Benítez para rever o lance no monitor.
No vídeo divulgado pela Conmebol, Benítez diz para Tobar seguir o lance e justifica. “Toque de futebol”. A cabine do VAR analisou a jogada por pouco mais de um minuto.
Após a partida, Marinho reclamou de pênalti na saída do gramado. “Fui tocado dentro da área. Não sei por que árbitro não foi olhar o vídeo. Tranquilo, o importante é conseguir um resultado aqui. Poderíamos ter vencido, mas jogar contra o Boca é muito difícil. O importante é não perder. Fizemos grande jogo, queríamos a vitória, mas o empate é bom resultado e temos que fazer um grande jogo em casa”, disse o atacante ao canal de TV FOX Sports.
O técnico Cuca também achou que o pênalti deveria ter sido marcado para o Santos. “Tivemos um lance decisivo, que foi o pênalti não marcado. Marinho sofre o pênalti no alto e no chão. Poderia ter decidido a partida a nosso favor”, comentou.
Ainda na noite de quarta-feira, logo após a partida, o Santos informou que “enviará ofício à Conmebol para externar sua insatisfação com a atuação do VAR no jogo contra o Boca Juniors neste dia 6 de janeiro em La Bombonera, na Argentina”. O comunicado também fala em “estranheza pela não verificação do VAR à beira do campo, no lance que Marinho foi derrubado dentro da área adversária no segundo tempo”.
A Conmebol tem divulgado o diálogo dos árbitros em lances que geram polêmica nos dias seguintes às partidas. No duelo entre Boca Juniors e Santos, por exemplo, houve ainda um lance de possível toque no braço, mas a cabine do VAR também não chamou o árbitro para rever a jogada no monitor.