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Valcke depõe à CAS em apelação contra suspensão de dez anos imposta pela Fifa

FIFA General Secretary Jerome Valcke looks on during a press conference following hearings over bribery allegations at the football's world governing body FIFA Headquarters on May 29, 2011 in Zurich. FIFA suspends Mohamed bin Hammam and Jack Warner and decided to go ahead with the upcoming presidential election. AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI

Ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke compareceu nesta quarta-feira à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para depor no seu recurso contra a suspensão de dez anos imposta a ele por conduta antiética. O veredicto será apresentado em algumas semanas.

Valcke era um executivo do departamento de marketing da Fifa antes de se tornar o braço-direito do então presidente Joseph Blatter em 2007. Na entidade, Valcke teve seu papel mais chamativo como supervisor dos preparativos da África do Sul e do Brasil para sediar as edições de 2010 e de 2014, respectivamente, da Copa do Mundo.

A investigação da Comissão de Ética da Fifa foi motivada por acusações em setembro de 2015 de que Valcke tentou se beneficiar de um acordo para venda de ingressos no mercado negro para a Copa do Mundo no Brasil.

Ele foi dispensado do seu cargo na entidade em janeiro de 2016 depois de ter sido implicado em irregularidades nas vendas de ingressos e dos direitos de transmissão da Copa do Mundo, além de gastos pessoais, que incluíam o uso de voos fretados.

O Comitê de Ética da Fifa o suspendeu por 12 anos, com a acusação adicional de destruição de provas. A comissão de apelações da Fifa reduziu posteriormente a sua pena para dez anos, dizendo que a acusação sobre os direitos de transmissão não foi provada.

Valcke nega todas as acusações, mas também é investigado pela procuradoria-geral da Suíça. Em março de 2016, foi iniciado um processo contra o ex-dirigente francês por “suspeitas de vários atos de apropriação indevida criminal”.

Em outro caso investigado pela Fifa, em processo iniciado em setembro de 2016, Valcke, Blatter e o ex-diretor financeiro Markus Kattner são investigados pelo recebimentos de bônus de contratos, sendo que alguns deles superavam os US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 32 milhões).

Além disso, Valcke é um dos alvos da investigação do Departamento de

Justiça dos Estados Unidos que abalou a Fifa e, posteriormente, levou à saída de Blatter. Ele teria participado de um esquema para a escolha da África do Sul para sediar a Copa do Mundo de 2010.

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