A pandemia de covid-19 ainda traz uma situação de insegurança e emergência nas empresas brasileiras. Mesmo diante deste cenário, a geração de vagas formais por meio do trabalho temporário, no formato da lei federal número 6.019/74 e do dcreto nº 10.060/2019, deve crescer 25% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2020, segundo projeção da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem).
“Após um resultado surpreendente em janeiro, projetamos a geração de mais de 805 mil vagas temporárias entre os meses de janeiro e março de 2021, superando em 25% as 644.500 contratações temporárias no mesmo período do ano passado”, afirma o presidente da associação, Marcos de Abreu.
Segundo ele, a indústria segue impulsionando as contratações, seguida pelo agronegócio e pelo setor de serviço e comércio. “Além disso, nossas estimativas apontam que a taxa média de efetivação de 22%, alcançada no final de 2020, irá se manter neste primeiro º trimestre de 2021. Um resultado excelente, já que anteriormente a taxa girava entorno de 15%”, destaca.
Outro ponto importante, de acordo com Abreu, é que o período de duração do contrato temporário na indústria, que era de 45 dias em média, será superior a 77 dias em 2021. “O período de contratação será bem maior para a Indústria conseguir atender o volume de demandas do mercado”, diz.
Para o presidente da Asserttem, diante das incertezas que a pandemia ainda gera na economia do país, as empresas seguirão se apoiando no Trabalho Temporário para garantir maior flexibilidade de gestão e, assim, conseguirem se manter no mercado, utilizando a modalidade de contratação para substituição transitória e para demanda complementar de trabalho de forma rápida, eficaz e segura.
“As empresas já enxergaram que o Trabalho Temporário é uma excelente opção formal de contratação, que preserva os direitos dos trabalhadores e ainda confere flexibilidade de gestão para acompanharem as oscilações da economia”, explica.
Demandas da Páscoa
O mês de janeiro teve um resultado surpreendente na geração de vagas temporárias. Ao todo foram 178.640 novas contratações, um aumento de 37,3% com relação ao mesmo mês de 2020 (130.100 vagas). Destas, 16.380 são para atender às demandas de Páscoa na indústria de chocolate, comércio e serviço, alta de 31% com relação ao ano passado (12.503 vagas).
De acordo com a Asserttem, 65% das contratações temporárias de janeiro foram impulsionadas pela Indústria para atender a demanda complementar de trabalho em segmentos como alimentos, farmacêutica, embalagens, metalúrgica, mineração, automobilística, agronegócio e óleo e gs; seguido de 25% do setor de serviços e 10% do comércio.
Ao todo, nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2020, a Páscoa gerou 33.906 contratações temporárias. Neste ano, a projeção da Asserttem é de mais de 42 mil vagas temporárias no período. “A Páscoa teve um papel importante no resultado de janeiro, visto que a indústria de chocolates acelerou as contratações temporárias, pois está com uma demanda de trabalho 31% superior do que em 2020 e iniciaram a produção de chocolates com antecedência”, conclui o presidente da associação, Marcos de Abreu.