A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo que terminaria no último sábado (1º) foi prorrogada até 14 de setembro, segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Apesar de já ter realizado três mutirões para atender a população, a cobertura vacinal ainda é baixa na cidade para crianças na faixa etária de um ano a cinco anos incompletos (quatro anos, onze meses e 29 dias).
O último levantamento feito pela Divisão de Vigilância Epidemiológica mostra que Ribeirão Preto vacinou 23.538 crianças, uma cobertura de 78,4% do público-alvo, formado por 30.108 meninos e meninas nesta faixa etária. Faltam, ainda, 6.570. A meta é atingir 95% dessa população. A prorrogação segue determinação da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde.
Ribeirão Preto tem 35 salas de vacinas que permanecem abertas, das oito às 17 horas, também durante a semana, de segunda a sexta-feira. Os horários são variados e conforme o funcionamento de cada unidade de saúde. Veja toda a relação no site oficial da prefeitura (www. ribeiraopreto.sp.gov.br).
“Pedimos aos pais e responsáveis que reservem um tempo para levarem seus filhos aos postos de saúde até o fim da campanha, para evitar problemas mais graves no futuro”, alerta a coordenadora do programa de Imunização de Ribeirão Preto, Mayra Fernanda de Oliveira.
O objetivo da intensificação é a prevenção e o aumento da cobertura vacinal da doença em função do registro de um caso não autóctone (importado) no mês de abril, depois de dez anos sem nenhuma ocorrência. A pasta já adiantou que o vírus da doença não circula no município e não há motivo para alarde.
A confirmação o caso ocorreu no dia 10 de abril e revelou que uma profissional da área médica de Dracena (SP) contraiu sarampo no Líbano (foi identificado o genótipo D8, semelhante ao circulante no Oriente Médio), em abril, quando prestava serviços humanitários.
A ocorrência foi registrada em Ribeirão Preto porque, ao voltar do Oriente Médio, ela desembarcou na cidade para visitar a mãe que estava internada em hospital do município. Por ser profissional da área da saúde ela identificou que estava com os sintomas da doença e iniciou o tratamento. O secretário da Saúde alerta a população para procurar as salas de vacina.
“As pessoas entram e saem da cidade e a maior preocupação que devemos ter é levar as crianças para serem vacinadas. Precisamos conscientizar, insistir com os pais para que levem seus filhos para se imunizarem e atualizarem suas carteiras de vacinação. Só assim vamos manter a cobertura vacinal que conquistamos e não correremos riscos”, orienta Sandro Scarpelini.
Na área de atuação do Departamento Regional de Saúde (DRS-13), que abrange Ribeirão Preto e mais 25 cidades, a meta é imunizar 68.369 meninos e meninas. No Estado de São Paulo, nas próximas duas semanas, a meta é imunizar mais 350 mil crianças contra ambas as doenças. O objetivo é atingir a meta de vacinar 95% do público infantil. São 2,2 milhões de crianças paulistas nessa faixa-etária, e mais de 1,8 milhão delas já foi imunizada contra ambas as doenças durante a campanha.
O Estado já aplicou mais de 3,7 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de 1.862.819 crianças contra pólio e 1.843.885 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios. Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 340 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 360 mil contra sarampo.
Em todo o Brasil, com mais uma mobilização no sábado, a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e o Sarampo alcançou mais de nove milhões e meio de crianças de um a menores de cinco anos. Segundo dados preliminares do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) alimentado pelos estados, foram aplicadas em todo país mais de 19 milhões de doses das vacinas (9,6 milhões de cada). A média nacional de vacinação está em 86%.