Tribuna Ribeirão
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Vacinação pode começar em fevereiro

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

O ministro da Saúde, Edu­ardo Pazuello, voltou a afirmar que a vacinação contra a co­vid-19 deve ser iniciada no país em “meados de fevereiro”. Para este cronograma, ele considerou que os dois laboratórios nacio­nais que participam do desen­volvimento de vacinas, Funda­ção Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, devem apre­sentar ainda em dezembro os dados finais de pesquisa de seus imunizantes e pedir o registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Assim, a CoronaVac final­mente entrou no programa do governo Jair Bolsonaro.
“Se conseguir manter o pla­nejado do Butantan e Fiocruz, de apresentar fase 3 dos estudos, e toda a documentação de fase 1 e 2, ainda em dezembro à Anvi­sa, aí teremos janeiro para a aná­lise da Anvisa e possivelmente em meados de fevereiro para frente estejamos com essas vaci­nas recebidas e registradas para iniciar o plano”, disse Pazuello nesta quarta-feira, 16 de dezem­bro, no lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19.

O ministro disse ainda que quem quiser tomar a vacina terá de assinar um termo de res­ponsabilidade. A Fiocruz deve produzir no Brasil a vacina de­senvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZe­neca. Mas os pesquisadores res­ponsáveis já reconheceram erros nos testes iniciais e a necessidade de ampliar ensaios clínicos para medir a eficácia, o que deve atrasar o registro. Já o Butantan trabalha para o registro da Coro­naVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, ainda neste mês.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirma que os dados finais sobre esta vacina serão entregues em 23 de de­zembro à Anvisa. No documen­to não consta a estimativa de data para começo da vacinação, mas o Ministério da Saúde afir­ma já negociar cerca de 350 mi­lhões de doses de imunizantes para 2021, sendo que a imuniza­ção deve exigir duas aplicações em cada pessoa.

Em evento no Palácio do Planalto no que anunciou o novo plano, o presidente Jair Bolsonaro adotou um tom de conciliação em seu discurso. “Se algum de nós extrapolou, ou exagerou, foi no afã de buscar solução”, afirmou o presidente. Na terça-feira (15), em entrevis­ta à Band TV, Bolsonaro disse que não iria se vacinar, numa declaração que foi criticada por especialistas por desestimular a imunização no país.

O governo está sob pressão para antecipar esse calendário. O Reino Unido e os Estados Unidos já começaram a aplicar as doses, ainda que em grupos restritos e com autorização de uso emergencial das vacinas. Além disso, Doria, desafeto do presidente Jair Bolsonaro, afir­ma que começará a campanha no seu Estado em 25 de janeiro – ainda que os dados finais da Co­ronaVac sejam desconhecidos.

Nas últimas semanas, Pazuello apresentou diversas datas para começar a vaci­nação no país. Ele afirmou que o calendário poderia começar entre dezembro e março. No plano nacional, a Saúde afirma que, após ter as vacinas em mãos, consegue enviar em até cinco dias o produto para os Estados e o Distrito Federal, que devem repassar aos municípios, eta­pa que tem “prazo variável”.

“Até então temos o ‘se’, que vai ganhando corpo, vai se for­talecendo para virar um fato. Registrado em entregue em fevereiro, iniciamos no mais curto prazo. Há possibilidade de ser registrado ontem? Não. Vai fazer registro em um dia? Não. Não está registrado em nenhuma agência internacio­nal”, disse ele.

Se houver registro, o imu­nizante pode ser distribuído a todos os públicos, inclusive na rede privada, mas o tempo de análise da Anvisa é de até 60 dias. Esse prazo pode cair, caso haja registro do imunizante em outra autoridade sanitária de peso, ou a farmacêutica já te­nha entregue parte dos estudos, caminho chamado de “submis­são contínua” pela Anvisa.

A agência brasileira ainda estima que precisará de até dez dias para avaliar pedidos de uso emergencial, que podem servir apenas para aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS), em públicos restritos, como de idosos ou profissionais de saú­de. O ministério ainda corre atrás de insumos como serin­gas e agulhas. No documento, o ministério afirmou que, após ter as vacinas em mãos, con­segue enviar em até cinco dias os produtos para os Estados e Distrito Federal, que devem repassar aos municípios, etapa que tem “prazo variável”.

Pazuello afirmou que todas as vacinas fabricadas no Brasil terão prioridade no SUS. En­tre os imunizantes priorizados está o produzido pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. “Todas as va­cinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz ou qualquer indústria, terão prio­ridade do SUS e isso está paci­ficado”, disse.

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