O último balanço da campanha em Ribeirão Preto, divulgado nesta segunda-feira, 10 de junho, aponta que foram vacinadas 176.004 pessoas na cidade
A campanha de vacinação contra o vírus influenza (gripe) foi estendida para toda a população a partir de 3 de junho, mas, em Ribeirão Preto, as doses acabaram no final da tarde de quinta-feira (6). A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) diz que o produto chegaria na tarde de ontem e que a imunização será retomada na manhã desta terça-feira (11).
“A Secretaria Municipal da Saúde informa que as vacinas contra a gripe chegarão em Ribeirão Preto na tarde desta segunda-feira, 10 de junho, e serão distribuídas aos postos de vacinação da cidade. Amanhã (hoje), 11 de junho, o atendimento à população voltará ao normal”, diz a nota oficial da pasta. A Secretaria Estadual da Saúde diz que a falta ocorre, geralmente, por problema na logística de distribuição.
As doses extras estarão disponíveis para a população em geral, e não apenas para quem faz parte de algum dos grupos prioritários – essas pessoas também podem se vacinar, basta procurar uma dos 36 postos de saúde da cidade com sala de vacinação. Os horários de atendimento variam de acordo com a unidade.
O último balanço da campanha em Ribeirão Preto, divulgado pelo Programa de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde nesta segunda-feira (11), aponta que a cidade superou a meta e vacinou 158.012 pessoas dos grupos prioritários desde 10 de abril, atingindo uma cobertura de 84% – faltam 29.960 (ou 16%) – nas contas do Tribuna. No entanto, 17.992 ribeirão-pretanos que não estão no rol do público-alvo também já foram imunizados, elevando o total para 176.004.
O público-alvo da campanha é composto por 187.972 pessoas – número que corresponde a 90% da população dos grupos prioritários, de 208.858 ribeirão-pretanos. Considerando este total, a cobertura chega a 84,2%, já computadas as 17.992 que não estão nos grupos de risco. Foram vacinadas 25.060 crianças (60,3%), 22.830 trabalhadores da saúde (73,3%), 3.725 gestantes (61,8%), 1.273 puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias, 128,5%), 4.453 professores (105,2%), 69.633 idosos (89,1%) e 31.028 pessoas com comorbidades (66,4%).
Os grupos prioritários são formados por crianças de seis meses a menores de seis anos (41.530), trabalhadores da saúde (31.156), gestantes (6.028), puérperas (991), idosos com 60 anos ou mais (78.172), pessoas com comorbidades, doenças crônicas e imunossupressão (46.750) e professores e funcionários das redes públicas (municipal e estadual) e privada (4.231), bombeiros e policiais militares – não há nenhum indígena no relatório.
No ano passado, durante quatro meses seguidos, a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa dos vírus H1N1 e H3N2, da influenza – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Desde agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segundo o último Boletim Epidemiológico, as mortes foram registradas em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e julho (nove).
Em 2017 não foi constatado nenhuma morte na cidade, mas no período anterior doze moradores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, crescimento de 91,6%. Neste ano, até 31 de maio, apenas cinco casos de influenza de 103 investigados já foram confirmados no município – três de Flu A não subtipado e dois de Flu B . A cidade fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocados por algum tipo de variação do vírus influenza, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6%.