A Campanha de Vacinação de Poliomielite e Multivacinação em Ribeirão Preto, que terminaria nesta quinta-feira, 29 de outubro, por causa do ponto facultativo do Dia do Servidor Público – foi transferido de quarta (28) para esta sexta-feira (30) –, foi prorrogada até 13 de novembro em todo o Estado, mas a Secretaria Municipal da Saúde não havia sido notificada até o final da tarde de ontem.
Porém, por causa da baixa adesão, a cidade deve atender à determinação da Secretaria de Estado da Saúde. A prorrogação foi anunciada ontem. Em Ribeirão Preto, a meta é atingir 95% do público-alvo. Segundo balanço da Divisão de Vigilância Epidemiológica do município, até quarta-feira, 28 de outubro, foram aplicadas 15.229 doses, 9,5% das 160.685 previstas – 95% de 169.142.
Deste total, 9.581 crianças receberam a “gotinha” (vacina oral, VOP) contra a poliomielite, cobertura de 31,6%. O objetivo é imunizar 95% das 33.758 crianças de um ano a menores de cinco anos. Também procuraram alguma das 36 salas de vacina 9.866 crianças e adolescentes de 5 a 14 anos da campanha de multivacinação, sendo que 5.648 foram imunizadas por, 4,4% do público-alvo.
As outras 4.218 estão com a imunização em dia. A meta da secretaria é atingir 95% deste grupo. O público-alvo é formado por 135.384 jovens que precisam atualizar as carteiras de vacinação. Caso a campanha seja prorrogada em Ribeirão Preto, a orientação é para que pais e responsáveis procurem, a partir de terça-feira (3), um dos 36 postos com salas de vacinas.
As unidades permanecem abertas de segunda a sexta-feira, em horários variados. Atingir a meta de 95% é importante para alcançar a chamada imunidade de rebanho, reduzindo os riscos de infecção. A prorrogação do prazo tem o objetivo de aumentar a cobertura vacinal contra cerca de 20 doenças.
A poliomielite, chamada de paralisia infantil, não registra mais casos no país graças à vacina. Em agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que apenas dois países no mundo ainda registravam casos da doença, Paquistão e Afeganistão. Mas o risco da doença voltar ao país ainda existe. A Secretaria de Estado da Saúde também está convocando pais e responsáveis para levarem os menores aos postos de vacinação.
No Estado de São Paulo, a cobertura vacinal contra a “pólio” chegou a apenas 39,6%”. Ainda é preciso vacinar mais de 1,3 milhão de crianças de um a menores de 5 anos contra a doença. Até o final da campanha, a pasta pretende vacinar 95% das 2,2 milhões de crianças paulistas contra a poliomielite. Hoje, os municípios imunizaram apenas 876,7 mil crianças do público alvo da campanha.
Até o último dia 22 de outubro, aproximadamente 427,3 mil crianças e adolescentes de 5 a 14 anos comparecerem nos pontos para atualização da carteira vacinal, destes 188,2 mil tiveram vacinas aplicadas, representando 44,1%. O índice de comparecimento nesta faixa etária está em 6,8%. Na faixa de crianças menores de um ano, 198,1 mil estiveram nesses serviços (cerca de 32,4% do público-alvo), com vacina aplicada em 129,3 mil (65,3% no total).
“Pedimos que os pais e responsáveis aproveitem essa prorrogação para levar as crianças aos postos. É de extrema importância aumentar a cobertura vacinal contra a poliomielite, além de atualizar a carteira de vacinação de nossas crianças, contribuindo para eliminarmos os riscos da circulação dessas doenças no Estado de São Paulo”, afirma o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.
Tipos de vacinas
No total, são oferecidas 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças. Tem a BCG (tuberculose), rotavírus (diarreia), poliomelite oral e intramuscular (paralisia infantil), pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib), pneumocócica, meningocócica, DTP, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais), além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A.
Além disso, neste ano, também passou a integrar o Sistema Único de Saúde (US) uma nova vacina, já inserida na campanha: Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. Somando todos os tipos de vacinas, são mais de 5,2 milhões distribuídas nos postos do estado para aplicação na população-alvo.