A campanha de vacinação contra a gripe de 2020 acaba na próxima terça-feira, 30 de junho. Nesta reta final, a Secretaria de Estado da Saúde convoca as pessoas que ainda não foram aos postos para receberem suas doses nesta última semana, visando proteger a população e atingir a cobertura de 90%, meta da iniciativa. Até agora, mais de 13,9 milhões de doses da vacina contra o vírus influenza já foram aplicadas em São Paulo, o equivalente a 84,7% de cobertura.
Para melhorá-la, o chamado é especialmente para crianças, gestantes e puérperas, pois cerca de metade desses públicos ainda não está imunizada. Foram aplicadas 1,55 mi de doses em crianças de seis meses a menores de seis anos (50,9%), somente 214,6 mil gestantes (47,6%) e 41,6 mil puérperas (56,2%). De modo similar, o grupo das pessoas com idade entre 55 e 59 anos registra menor procura, com apenas 823 mil vacinados (40,8%).
A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “A vacinação é fundamental, especialmente neste momento da pandemia de covid-19, pois ajuda a evitar doenças respiratórias causadas por gripes e resfriados que são mais frequentes nesta época do ano”, pontua a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo.
Balanços
A cobertura de vacinação atingiu 100% entre idosos (5,85 milhões vacinados); profissionais da saúde (1,5 milhão) e indígenas (6,7 mil). Em pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais mais de 2,5 milhões de doses foram aplicadas.
Além disso, estão imunizados 275,8 mil professores; 18,8 mil doses aplicadas em pessoas com deficiência; 219,6 mil pessoas do sistema prisional; 169 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 82,3 mil motoristas de transporte coletivo; 132,1 mil caminhoneiros; e 8,3 mil trabalhadores portuários.
A meta da campanha é vacinar 90% da população-alvo de 17,7 milhões de paulistas. Na área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII), que abrange Ribeirão Preto e mais 25 cidades, a meta é vacinar 174.961 crianças entre seis meses e menores de seis anos (94.456), gestantes (13.016), puérperas (2.138) e adultos de 55 a 59 anos (65.351).
Porém, até a semana passada haviam sido imunizadas 66.656 pessoas, 38,1% da meta – 39.462 crianças entre seis meses e menores de seis anos (41,8%), 5.770 gestantes (44,3%), 1.438 puérperas (67,3%) e 19.986 adultos entre 55 e 59 anos (30,6%).
Segundo o último levantamento divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde no início do mês, a terceira etapa da campanha nacional de vacinação contra o vírus da influenza (gripe), em Ribeirão Preto, atingiu 72,3% do público-alvo. A meta da Secretaria Municipal da Saúde é imunizar 90% dos grupos prioritários até o final da campanha.
Foram vacinados 170.660 ribeirão-pretanos de um total estimado em 235.952. Ribeirão Preto possui, atualmente, 37 salas de vacinas que permanecem abertas de segunda a sexta-feira, em horários variados. As pessoas pertencentes aos grupos das fases anteriores da campanha que ainda não compareceram para receber a vacina, podem ser vacinadas nesta nova etapa.
No momento da vacinação, é necessário apresentar algum documento que comprove que a pessoa pertence a um dos grupos prioritários, como carteira de vacinação, para registro correto da vacina. Ribeirão Preto já tem 101 óbitos neste ano por síndrome respiratória aguda grave (Srag), mas 97 são decorrentes do novo coronavírus.
A cidade também 423 casos confirmados de Srag, mas 412 são de Sars-Cov-2 (coronavírus) – 29 de março, 41 de abril, 127 de maio e 226 deste mês. Os outros onze são de influenza: cinco de Flu B, quatro não identificados (“Srag A não subtipado”), um de H3N2 e um de H1N1. Quatro destes casos resultaram em mortes, uma pelo vírus H3N2, outra pelo Flu B e duas não identificadas (“não subtipado”).
Em 2020, a Secretaria da Saúde recebeu 1.280 notificações de Srag. No ano passado inteiro foram 273, contra 346 de 2018. Ribeirão Preto fechou 2019 com 13 mortes por Srag. Foram sete óbitos por H1N1, quatro por H3N2 e dois não subtipados. Em pouco mais de cinco anos, Ribeirão Preto acumula 156 óbitos por Srag, contando com os de covid-19.